A alemã Faber-Castell vai retomar seus negócios no Brasil, onde está a segunda maior operação da empresa no mundo, atrás apenas da Alemanha. Em disputa judicial com os sócios brasileiros, detentores de 30% da empresa no País, o presidente mundial do grupo esclareceu que a controladora decidiu não renovar o acordo de acionistas de 10 anos que vence em 2012 e não acredita que ele seja necessário para operação.
O conselho fiscal é obrigatório e disponibiliza todas as informações para os sócios, segundo o presidente Mundial, o Conde Anton Wolfgang Von Faber-Castell, que está em visita ao País para comemorar os 250 anos da empresa no mundo. "Não quero assinar um acordo de longo prazo, ainda mais que já estou preparando meu filho, que constituíra a 9ª geração da família no comando dos negócios", declarou.
Em relação ao possível protesto dos sócios minoritários se configurar, em uma tentativa para que a controladora compre suas ações, Wolfgang não excluiu a possibilidade dessa aquisição. "Não há nada decidido, mais essa questão passa por negociação de valores que levam muito tempo a serem definidos", analisou.
A decisão ocorre no momento em que a francesa BIC, maior concorrente, acirra a competição com entrada no segmento forte para Faber, o lápis de cor.
No Brasil há 81 anos, com fábricas em São Carlos (SP), Prata (MG) e Manaus (AM), a empresa produz 1,8 bilhão de lápis de cores por ano, a subsidiária exporta para 70 países, o que representa 40% do faturamento global.
O presidente da companhia no Brasil, Marcelo Tabacchi afirmou que a empresa espera crescer 7% em 2011, tanto no mercado interno, quanto com as exportações. Lembrando que no ano passado a fabricante atingiu um faturamento líquido de R$ 350 milhões.
Segundo Anton Wolfgang, as fábricas de São Carlos (SP) e Prata (MG) passam desde ano passado por um processo de redução de custos. Além disso, serão feitos investimentos da ordem de R$ 100 milhões no País em três anos.
Veículo: DCI