Mercado do trigo segue indefinido

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O governo comercializou na semana passada todos os 5.705 contratos de 27 toneladas de trigo oferecidos no Paraná e no Rio Grande do Sul. Pelas regras, o produtor que arrematou o título no leilão pode vender o trigo ao governo por R$ 530 a tonelada, na data de exercício da opção, que é 31 de março de 2009.

 

A alternativa é interessante, pois nos dois Estados os produtores não têm encontrado comprador. Segundo analistas, com os preços do trigo em queda no exterior, a restrição de financiamento e a oscilação cambial, os moinhos estão consumindo estoques à espera de melhor definição do quadro.

 

Além dos contratos de opção, o governo também vem realizando leilões de subsídio do frete - Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) - para tornar viável o transporte do cereal das regiões produtoras do Sul para os centros consumidores do Norte e Nordeste. No leilão da semana passada, o governo elevou o valor do prêmio nos leilões de PEP, de R$ 75 para R$ 118,60 por tonelada, mas mesmo assim não houve interesse pelas 200 mil toneladas oferecidas (100 mil toneladas no Paraná e 100 mil toneladas no Rio Grande do Sul). Um novo leilão está marcado para amanhã, dia 6.

 

O assistente da Superintendência de Gestão de Oferta da Conab, Paulo Magno Rabelo, atribui o desinteresse no leilão de PEP à incerteza do mercado em relação ao câmbio e ao crédito. “Acreditávamos que os valores do PEP seriam suficientes para atrair demanda, mas o mercado está parado”, diz. “Talvez seja necessário esperar um ou dois leilões para reavaliar o mecanismo.”

 

No mercado, os comentários são de que, sem PEP, o RS terá problemas para vender a safra, principalmente após as notícias de perda de qualidade do grão, o que deve reduzir em muito o volume a ser aproveitado pela indústria. Seriamente prejudicado pelo excesso de chuvas no mês de outubro, o trigo gaúcho tem força de glúten abaixo do padrão exigido pela indústria e deve ter como destino a indústria de ração ou a exportação.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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