Investimento de R$ 45 milhões da Ypióca visa o mercado de etanol

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Bom preço do combustível leva grupo cearense a investir para ampliar área de cana-de-açúcar

Com recursos próprios e do BNDES, produção de cana da empresa dobrará para 50 mi de toneladas em 5 anos


O aumento de preço do álcool está atraindo a cachaçaria cearense Ypióca para a produção de combustível. A empresa vai investir R$ 45 milhões nos próximos cinco anos para expandir sua área de cana-de-açúcar plantada e gerar excedente de matéria-prima para atender o projeto.

O objetivo é atender até 40% da demanda cearense de álcool anidro. Os recursos virão do próprio caixa da empresa e do BNDES. A produção de cana-de-açúcar da empresa, atualmente em 25 milhões de toneladas, atingirá 50 milhões no período. "Teremos uma opção para aproveitar o que proporcionar maior valor por litro. E o álcool passou a ser vantajoso ao nível atual de preço", afirma Everardo Telles, presidente da empresa.

As usinas pernambucanas, as mais próximas do Ceará, ficam a 800 km de distância. De acordo com Telles, a Ypióca aproveitará a capacidade de processamento das usinas -de suas quatro unidades, três já possuem capacidade para produzir cachaça e álcool- e, com isso, vai diminuir a dependência de combustível comprado de outros Estados. A Indústria Tatuzinho, dona das marcas Velho Barreiro e Leãozinho, fez essa adaptação há seis anos em uma de suas unidades produtivas, no engenho de São Pedro, na região de Piracicaba.

"Aproveitamos a sobra de cana-de-açúcar do grupo, mas as unidades de negócio de álcool e cachaça são independentes", afirma César Rosa, presidente da empresa, controlado pelo Grupo Tavares de Almeida. Ainda assim, a produção de aguardente continua lucrativa e atrai novos players. O grupo italiano Davide-Campari-Milano adquiriu, em agosto, a brasileira Sagatiba.

A dona das marcas Campari e da vodka Skyy pagou US$ 30 milhões a Marcos de Moraes, fundador da Sagatiba, além de um percentual de 8% de "earn out" (participação sobre os lucros até níveis pré-estabelecidos).

A Ypióca, que tem 80% de sua receita de R$ 300 milhões procedente da cachaça, estima crescer 8% nas vendas deste ano. "O lançamento de produtos voltados a nichos mais caros também colabora para isso", diz Telles.



Veículo: Folha de S.Paulo


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