Preço não é tudo para consumidor brasileiro

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Tecnologia e design ganharam mais peso na hora da compra, indica pesquisa da GfK

Não foi só o poder aquisitivo do brasileiro que mudou, cuja renda média, em 2010 chegou a R$ 4,5 mil.Oapetite por novas tecnologias vai representar R$ 51 bilhões em vendas de eletroeletrônicos. Em2005, as TVs de tela plana começavama conquistar espaço e a briga, quem diria, era com os televisores de tubo. Os celulares, ‘naquela época’, serviam basicamente para fazer e receber chamadas.

Hoje, o mínimo que se espera é que tirem fotos com qualidade, sejam capazes de receber e enviar e-mails além de acesso rápido à internet. Essa mudança de perfil está refletida na pesquisa “O Brasil no cenário mundial de bens duráveis - quem somos e o que compramos?”, divulgada ontem pela GfK Retail and Technology, empresa que realiza pesquisas de mercado de varejo e tecnologia. O estudo foi realizado entre os meses de janeiro e agosto deste ano em 10,7 mil pontos de vendas do varejo de todas as regiões brasileiras.

Trilhões de reais

Em 2005, o consumo brasileiro girou na casa de R$ 1,1 trilhão - contando-se aí, desde alimentos e vestuários até bens duráveis. Segundo os dados da GfK, a previsão de consumo deve chegar a R$ 2,4 trilhões, em2011, e os eletroeletrônicos vão responder por 2% desse total. Até agosto deste ano, as vendas do segmento cresceram 10%, ante 2010. Os produtos que merecem destaque são as TVs tela fina, smartphones e notebooks, segundo José Guedes, presidente da GfK no Brasil.

Guedes credita este crescimento não apenas ao aumento do poder aquisitivo dos brasileiros e facilidades de acesso ao crédito e parcelamento. A velocidade com que a indústria coloca novos produtos no mercado, abre espaço para que a classe A e B substituam esses itens por versões mais modernas. Por outro lado, há os consumidores das classes C e D que se aproveitam dos bons preços das ‘coleções’ passadas, segundo Guedes.

A perspectiva para os próximos anos, segundo Simone Aguiar, diretora de negócios da empresa, é de aumentar ainda mais o volume nas vendas com os impulsos das redes sociais e dos clubes de compras. “Na internet, as pessoas compram por oportunidade, e nem sempre por necessidade”, diz.


Veículo: Brasil Econômico


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