Alta em sete de dez ramos do varejo ampliado

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Entre as dez atividades que compõem o varejo ampliado, sete registraramm expansão em setembro na comparação com agosto, segundo a PMC. "Quase todas as atividades que apresentaram resultados negativos em agosto passaram a resultados positivos em setembro, com exceção de combustíveis e lubrificantes", disse o coordenador Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Nilo Macedo.

"O setor de combustíveis vem sendo penalizado principalmente pelos aumentos de preços. O etanol teve encarecimento, e as pessoas voltaram para a gasolina, mas muitos passaram a economizar, porque a gasolina já era um produto caro. Então houve retração na demanda". explicou.

Na série com ajuste sazonal, houve crescimento nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,2%); veículos, motos, partes e peças (1,7%); tecidos, vestuário e calçados (1,6%); móveis e eletrodomésticos (1,6%); material de construção (0,8%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%); e outros artigos de uso pessoal e domésticos (0,1%).

Os resultados negativos ocorreram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,0%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,5%); e em combustíveis e lubrificantes (-1,1%). "Os setores de máquinas e equipamentos de informática e comunicação e de livros e papelaria tiveram alta no mês anterior, por isso agora deve ter havido uma compensação", disse Macedo.


Móveis - O aumento de 16,5% nas vendas de móveis e eletrodomésticos em setembro ante o mesmo mês de 2010 puxou o desempenho positivo do comércio varejista e do comércio varejista ampliado em setembro. A participação do setor foi de 53,3% na formação da taxa do varejo restrito e de 34,7% na taxa global do varejo ampliado, segundo o IBGE.

"Esse setor está passando um pouco à margem das políticas macroprudenciais do governo, tomadas no fim do ano passado, para tentar segurar um pouco a demanda, reduzir o consumo. Mesmo assim esse setor está crescendo bastante", explicou o coordenador da pesquisa.

Em termos acumulados, o segmento de móveis e eletrodomésticos teve expansão de 17,9% tanto nos nove primeiros meses do ano quanto nos últimos 12 meses. Segundo o instituto, o resultado é reflexo da manutenção do crédito em patamar elevado; da redução de preços dos eletroeletrônicos e da trajetória positiva da massa de rendimentos da população ocupada.

"Tem a hipótese de que as camadas das classes E e D, que foram para a classe C, tinham uma demanda reprimida e agora passaram a realizá-la. Eles compram produtos de valor não tão alto como automóvel, mas sim como geladeira, máquina de lavar, produtos que essa classe está tendo acesso agora, até mesmo no sentido de atualizar os seus equipamentos do lar. Se ele (consumidor) tinha um aparelho que não estava funcionando corretamente ou estava antiquado, ele passou a comprar equipamentos modernos", explicou Macedo.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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