Nestlé investe R$ 20 mi no café brasileiro

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Valor envolve lançamento de novos produtos - entre máquinas e capsulas de café. Aposta da companhia suíça é na aposentadoria do velho voador

O mercado de máquinas de café de cápsulas ainda é incipiente no Brasil, mas se depender da Nestlé o segmento receberá investimentos pesados. Pensando no Natal, período responsável por 35% das vendas da sua linha Dolce Gusto, a companhia desembolsou R$ 20 milhões no lançamento de cinco produtos.

Estão no pacote a cafeteira Piccolo, dois novos sabores de café, um porta cápsula giratório, além de um kit com opções variadas da bebida, produto de série limitada, o qual a companhia espera ver embrulhado para presente debaixo das árvores de Natal dos brasileiros.

Crescimento

Apesar de pequeno, o segmento de máquinas de café expresso tem um futuro com boas perspectivas, segundo pesquisas da Nestlé. Em dez anos, cerca de 50% dos lares brasileiros terão uma máquina destas em casa. Atualmente este percentual é de 5%. Os dois novos sabores da Dolce Gusto são apostas para o café da manhã, momento em que 45% dos brasileiros preferem tomar café com leite, revelam os estudos da companhia. Um é o Caffè Buongiorno, desenvolvido exclusivamente para o mercado nacional, o outro é uma mistura de café com leite, chamado de Café Au Lait.

“Durante o café da manhã os brasileiros têm uma relação com a xícara grande e com o café coado”, diz Lilian Miranda, diretora da unidade de negócios de cafés da Nestlé. Em setembro deste ano, o Brasil passou a liderar as vendas de máquinas e cápsulas da Nestlé no continente americano. O México caiu para a segunda posição, seguido pelos Estados Unidos. Mesmo assim, a multinacional considera o volume comercializado por aqui baixo e não tem previsão para passar a produzir os produtos no país.

“Fabricar no Brasil é um intenção de longo prazo”, afirma Lilian. Atualmente as máquinas são produzidas por empresas alemãs e asiáticas e a distribuição, além da assistência técnica ficam por conta da Arno. Já as cápsulas são trazidas da Espanha e da Inglaterra e utilizam café nacional.

Assim, por serem produtos importados, o preço final é muito maior do que o encontrado no exterior. “A carga tributária brasileira também é responsável pela diferença de preço”, diz a executiva. Em Londres, por exemplo, uma caixa de cápsulas com 16 unidades custa cerca de £ 4 ou R$ 11,30. Por aqui, o preço sugerido do mesmo produto é R$ 23,99. A Dolce Gusto possui 18 diferentes bebidas, mas disponibiliza apenas 12 opções para o Brasil.


Veículo: Brasil Econômico


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