Café terá agência de inovação

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Objetivo do projeto é melhorar a qualidade do grão e a renda dos produtores.


Será implantada em Minas a Agência de Inovação do Café. O objetivo do projeto desenvolvido pelo Polo de Excelência do Café é reunir em um só espaço os estudos científicos e o desenvolvimento de inovações para a cafeicultura do Estado. A expectativa é criar produtos que aumentem a qualidade do grão, impulsionem a renda dos cafeicultores e ampliem a oferta de empregos na atividade. Será investido R$ 1,7 milhão no projeto.

De acordo com o gerente executivo do Polo do Café, Edinaldo José Abrahão, aa sede será construída em parceria como o governo do Estado, entidades de ensino, produtores e empresas do setor cafeeiro.

"A instalação da agência vem depois de várias ações desenvolvidas em conjunto pelo Polo do Café, instituições de ensino e empresas do setor. Percebemos que existem muitos estudos que podem ser transformados em produtos que vão agregar valor ao café e contribuir para a valorização da cafeicultura mineira. Nosso objetivo é reunir o científico com a prática", diz.

A Agência de Inovação do Café será instalada no campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla), no Sul do Estado, e deverá integrar em um mesmo espaço físico iniciativas voltadas para o desenvolvimento de inovações no setor cafeeiro

Segundo Abrahão, o projeto começou a ser articulado em 2009 pelo Polo de Excelência do Café e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (Sectes), contando com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Ufla. A expectativa é de que a construção seja licitada no início de 2012.

O projeto integrará iniciativas que vão desde o desenvolvimento de pesquisas científicas, aplicação dos produtos no campo até a divulgação dos resultados para a cadeia cafeeira. Além disso, o espaço será utilizado também para capacitação, divulgação de informações de mercado e para auxiliar o governo na formulação de políticas públicas eficientes.

Para Abrahão, outro objetivo é auxiliar o Estado no desenvolvimento de atividades econômicas estratégicas. "A agência de inovação vai integrar o governo, as universidades e o setor empresarial, considerando as condições estruturais de uma aliança estratégica como a base edificadora que faltava para elevar a cafeicultura de Minas à competitividade desejada na sociedade do conhecimento. A ideia é incentivar a criação de um ambiente de interação entre competências institucionais para geração de projetos inovadores, abertos e colaborativos", acrescenta.

Ainda segundo o gerente executivo, a agência vem consolidar a trajetória de excelência da universidade na geração de conhecimentos científicos e tecnológicos para o setor cafeeiro, sendo reconhecida como uma das principais instituições de ensino do país voltadas para a cafeicultura. A estrutura foi pensada para agregar profissionais de diferentes áreas do conhecimento, que trabalham para tornar a cafeicultura mineira referência internacional em ciência, tecnologia e inovação.

O projeto complementará a estrutura já disponível na Ufla, com foco em inovação, como o Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec) e o Parque Científico e Tecnológico de Lavras (Lavrastec), que está em fase de elaboração do projeto arquitetônico e urbanístico.

A agência irá coordenar um dos principais projetos para o desenvolvimento da cafeicultura em Minas, o mapeamento da cultura. De acordo com Abrahão, a produção de café do Estado será mapeada por meio de uma parceria entre governo do Estado, o Polo de Excelência do Café e a Ufla.

O objetivo é reunir os dados concretos sobre a produção cafeeira para auxiliar na formulação de políticas públicas para o setor. Além disso, com o levantamento, os produtores poderão planejar com maior precisão os investimentos futuros na cultura. O mapeamento abrangerá cerca de 600 municípios produtores.

A ideia é dimensionar quantos são os produtores, o tamanho real do parque cafeeiro e a qualidade do café produzido nas diferentes microrregiões do Estado. O inventário quantitativo e qualitativo da cafeicultura mineira será coordenado pela equipe do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) da Ufla, em parceria com órgãos e instituições de referência no Estado.

Os projetos do Polo de Excelência do Café fazem parte das prioridades levantadas pelo Fórum da Cadeia Produtiva do Café, que vão integrar as ações a serem financiadas pelo Fundo Estadual do Café.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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