A subsidiária brasileira da multinacional alemã Henkel confirmou ontem que construirá uma nova fábrica no Brasil para a fabricação de poliuretanos. A nova unidade industrial será erguida em Jundiaí (60 km de São Paulo) na mesma área onde a empresa já possui uma outra fábrica desse mesmo produto que é utilizado em adesivos para diversos setores da indústria como eletrônicos, bens de consumo imediatos entre outros.
De acordo com o presidente da Henkel Mercosul, Julio Muñoz Kampff, o investimento foi confirmado pela matriz da empresa, mas será anunciado oficialmente apenas em janeiro, junto à divulgação dos resultados de 2011 da companhia. Tanto o volume de recursos necessários para a construção e a capacidade da nova fábrica já estão definidas, porém , preferiu não adiantar esses números. O que ele afirmou é que essa expansão da produção vem atender ao crescimento da demanda no mercado latino-americano, não apenas o consumo brasileiro. Além disso, ele garante, "a nova fábrica em Jundiaí será o segundo maior investimento que a Henkel fará em todo o mundo em 2012".
"Estamos crescendo cerca de 10% ao ano nos últimos cinco anos, este ano continua no mesmo ritmo e esse aumento está diretamente relacionado ao crescimento da economia na região com o aumento de renda e as classes emergentes que tiveram acesso a produtos de consumo imediatos como alimentos", afirmou o executivo ao DCI durante evento da Associação Brasileira de Embalagens (Abre). A construção deverá ser iniciada a partir de 2012 e deverá estar pronta em cerca de um ano. O início da operação deverá se dar em 2013, mas não estimou em que período do ano a companhia terá esse reforço em sua capacidade produtiva.
Embalagens
A demanda da indústria brasileira por papel cartão deverá ficar no mesmo patamar do ano passado. Mesmo com o crescimento do consumo para as festas de final de ano a impressão do setor é o mesmo externado pela Abiplast na semana passada, de que a produção local está sendo substituída pela importação de produtos acabados e já embalados.
De acordo com o presidente da Abre, Maurício Groke, a perspectiva deste ano é de um crescimento de 0,96%, estimado ainda em agosto. O motivo é a falta de competitividade da indústria brasileira. Como o setor que o executivo representa serve como termômetro para a atividade industrial ele afirmou que os sinais de desindustrialização verificados em 2009 estão chegando à economia formal do País. Porém, ele lembrou que o desempenho de 2010 foi muito forte (10,3%) fato que leva o resultado de 2011 a ser considerado positivo para o setor.
Veículo: DCI