Prada eleva produção para atender clientes do setor químico

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Depois de cerca de quatro anos da aquisição pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a fabricante de latas de aço Prada concluiu um processo de reestruturação da gestão e decidiu expandir a produção de embalagens.

Segundo o Valor apurou, a CSN está investindo em três novas linhas de produção na unidade da Prada em São Paulo, que produz latas para o setor químico, como tintas e aerossóis. As novas linhas devem começar a operar a partir do ano que vem e acompanham um plano de maximização da produtividade nas fábricas da empresa.

"A Prada está retirando gargalos operacionais, realizando uma modernização e planeja elevar a capacidade", afirmou uma fonte próxima à companhia, sem revelar os valores dos investimentos.

Empresa investe em três novas linhas de produção em São Paulo, que produz latas para o setor químico

A fábrica de São Paulo hoje tem capacidade para processar cerca de 4 mil toneladas de aço por mês. Nessa unidade, um dos focos da empresa é o mercado de cosméticos, que tem elevado o consumo de embalagens aerossóis - um produto de maior valor agregado, cada vez mais consumido pela crescente classe C.

A Prada tem ainda uma fábrica em Uberlândia (MG), que produz latas voltadas para a indústria de alimentos. Ao todo, são processadas pela empresa 5 mil toneladas de aço por mês, capacidade que deve crescer em 2 mil toneladas nos próximos três anos, segundo os planos da companhia. A própria CSN é a fornecedora das folhas-de-flandres, material usado na confecção das embalagens.

Outro investimento previsto é o da linha "easyopen", que em inglês significa "abertura fácil", em uma tradução livre. A ideia da empresa é construir uma nova linha para a produção do sistema de abertura da lata que leva um anel, comumente utilizado por exemplo, nas embalagens de atum. O local dessa linha, no entanto, ainda não está definido. Com esse investimento, a CSN pretende não somente abastecer a Prada do mecanismo de abertura, mas todo o mercado fabricante de embalagens de aço. "São investimentos pequenos para o porte de uma CSN, mas têm rápido retorno", completou a fonte.

Essas expansões acompanham um processo de reestruturação na gestão da Prada, que teve início quando a companhia foi comprada, em 2008. Já em 2006, a CSN propôs aos seus acionistas a aquisição do controle da empresa metalúrgica, que acumulava na época uma dívida na faixa dos R$ 180 milhões.

Neste período houve trocas de executivos e as principais mudanças envolveram melhorias operacionais na empresa, com foco na redução de custos. "A expansão da Prada é uma ação de defesa contra o ganho de mercado de outros tipos de embalagens. Ela precisa manter a participação no mercado", concluiu a fonte próxima ao assunto. A Prada deve registrar faturamento de R$ 240 milhões neste ano, ante o resultado de R$ 190 milhões acumulados em 2010.

No setor de embalagens, a CSN tem também a Metalic, empresa estabelecida no Nordeste, que produz latas de aço voltadas para o setor de bebidas. A participação da área de embalagens dentro do faturamento da siderurgia da CSN hoje está entre 15% a 20%.

Neste ano, foram investidos R$ 40 milhões no setor de embalagens da empresa, recursos basicamente direcionados para a modernização do parque industrial e serviços de suporte ao aço, como o envernizamento.



Veículo: Valor Econômico


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