Ações da Hypermarcas caem após BTG negar oferta hostil

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Banco estaria comprando ações no mercado para tentar entrar no bloco de controle da companhia, segundo fontes



O banco BTG Pactual divulgou ontem um comunicado negando que pretende fazer uma oferta hostil de compra do controle da Hypermarcas. O banco não negou ter adquirido ações da empresa no mercado, mas disse que nenhum de seus fundos "detém participação acionária relevante na companhia (superior a 5%)".

Depois do comunicado do BTG, as ações da Hypermarcas chegaram a cair quase 7%. No fim do pregão, os papéis recuperaram parte dessa perda e fecharam cotados a R$10,50, uma queda de 1,69%. Mesmo com a desvalorização de ontem, as ações subiram 11,7% nos últimos quatro pregões, depois que o Estado publicou que o BTG teria interesse na empresa.

Negociações. Na semana passada, a jornalista Sonia Racy informou na coluna "Direto da Fonte" que o BTG teria interesse em entrar no bloco de controle da Hypermarcas.

O BTG vem comprando ações da companhia desde o início do ano e pode fazer uma oferta de R$ 1 bilhão por uma fatia da companhia, segundo a agência Bloomberg. Em comunicado, o BTG disse ontem que não "pretende realizar oferta hostil de aquisição de ações de emissão da companhia" e que "práticas hostis são contrárias às suas políticas de atuação".

O Estado apurou com fontes próximas à operação, no entanto, que o BTG vinha negociando "amigavelmente" a entrada no bloco de controle da companhia. Mas quando os acionistas da Hypermarcas demonstraram preocupação com conflitos de interesse entre a Hypermarcas e a Brazil Pharma, braço de farmácias do BTG, a negociação parou. Desde então, os fundos do BTG passaram a comprar ações da empresa no mercado secundário.

A Hypermarcas passou a atrair a atenção de fundos depois que enfrentou uma crise em 2011 e perdeu 62% do seu valor em Bolsa no ano. Entre os interessados estariam os fundos de private equity GP, Tarpon, TPG e KKR.


Veículo: O Estado de S.Paulo


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