Produto chinês está perdendo espaço no comércio de BH

Leia em 2min 30s

É praticamente impossível, hoje, entrar numa loja de materiais elétricos ou de construção sem encontrar produtos chineses. Quando se trata de lâmpadas, praticamente 100% vêm do país asiático, já que o Brasil não fabrica mais o produto. Mas os chineses já tiveram presença mais marcante.

Isso porque o aumento da alíquota do Imposto de Importação (II), de 12% para 35%, para os porcelanatos, determinada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em setembro do ano passado, aliado à experiência adquirida pelos comerciantes, que tiveram muitos problemas com a qualidade das mercadorias adquiridas na China, acabaram colocando um freio na invasão chinesa neste setor.

Mesmo assim, é visível a presença de materiais da China na Loja Elétrica, já que a importação é feita diretamente pela empresa, segundo informações do gerente de Compras, Paulo Cesar Bettoni. As lâmpadas fluorescentes são o produto mais comum, mas eles também trazem de fora ferramentas manuais de marca própria (Soleil), ventiladores de teto Hunter, luminárias, artigos para iluminação e aparelhos de teste (voltímetros, multímetros). "Nós diminuímos, mas continuamos no boom da China, mesmo constatando que os preços subiram até 20% de 2009 para cá".

Dos 30 mil itens disponíveis na Loja Elétrica, cerca de mil são chineses, importados diretamente por eles, mas levando em conta as mercadorias "tecnológicas", este número sobre para 5 mil. A estratégia para selecionar fornecedores e garantir a qualidade foi passar a trabalhar com um agente no país asiático, que faz também a inspeção de todos os itens adquiridos e os acompanha desde a saída da fábrica até o porto. Isto foi fundamental para garantir mercadorias de melhor qualidade.

O diretor Comercial da Cerâmicas Nacionais Reunidas (CNR), Cristiano Lana, disse que usa a mesma estratégia da Loja Elétrica. Vai até a China escolher seu fornecedor. Foi assim que eles chegaram a dois fornecedores apenas, escolhidos por estarem habituados a vender para a Europa, onde a qualidade é essencial. Lana viaja para lá há seis anos e já aprendeu: "Se o produto é chinês, não adianta olhar só o preço".

A CNR traz da China porcelanato, pastilhas e lâmpadas. Os chineses representam 4% das vendas da empresa, dos 28 mil itens disponíveis nas lojas, 150 vêm daquele país. Mas 50% das vendas de porcelanato da CNR são de chineses, assim como as pastilhas. Entretanto, Lana admite que já teve mais chineses nas lojas, com o aumento da alíquota de importação muita coisa deixou de compensar.

O gerente administrativo da Othon Carvalho Material Elétrico, Marco Antônio Rocha, concorda que as lâmpadas consumidas no Brasil vêm da China, seja Phillips, FLC ou Osram. Então não há como deixar de trabalhar com o artigo chinês. Na loja, eles também vendem algumas ferramentas e luminárias daquele país. A empresa não importa, compra de fornecedores que trazem os produtos de lá. No caso dos enfeites de Natal, as luzes vêm todas de fora. Quando se trata do chamado "acabamento estruturado" (peças para computador), quase tudo vem de fora e vem da China: mouses, teclados, wirelless etc.



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Lei não eleva hora extra, dizem empresas

Companhias com trabalho remoto afirmam que carga horária fora do escritório é contabilizada por fun...

Veja mais
Abacaxi gera renda e alimenta o gado

Agricultores beneficiários de projetos de reforma agrária, em Ituiutaba, no Triângulo, estão ...

Veja mais
Vendas em Minas sobem 1,4% em novembro

Resultado se deve às medidas macroprudenciais adotadas pelo governo federal.As vendas do varejo em Minas Gerais r...

Veja mais
Drogaria Araujo vai investir R$ 75 mi neste ano

Após faturar quase R$ 1 bilhão em 2011, a Drogaria Araujo, com sede em Belo Horizonte, mantém seu a...

Veja mais
Ações da Hypermarcas caem após BTG negar oferta hostil

Banco estaria comprando ações no mercado para tentar entrar no bloco de controle da companhia, segundo fon...

Veja mais
Chuvas elevam preços de hortifrútis em até 56%

O consumidor já sente no bolso o impacto da maior incidência de chuvas na produção de aliment...

Veja mais
Nilza planeja retomar produção de leite ainda este mês

A Indústria de Alimentos Nilza, cuja falência foi anulada em junho do ano passado, deve voltar a operar est...

Veja mais
Perda de valor da Hypermarcas colocou empresa na rota de fundos

A agitação em torno da Hypermarcas encontra terreno fértil na estrutura societária da compan...

Veja mais
Flora integra os negócios comprados da Hypermarcas

Empresa já produz sabão em pó das marcas Sim, Assim e Minuano na mesma fábrica, em Itaja&iac...

Veja mais