Após faturar quase R$ 1 bilhão em 2011, a Drogaria Araujo, com sede em Belo Horizonte, mantém seu agressivo plano de expansão. Sem temer uma provável desaceleração do setor, em conseqüência da crise que atinge, principalmente, a Europa e os Estados Unidos, a empresa vai investir cerca de R$ 75 milhões até dezembro.
Do total, R$ 30 milhões serão destinados à abertura de 20 pontos de venda, R$ 40 milhões financiarão a construção de um novo centro de distribuição (CD) e R$ 5 milhões serão gastos na implantação de um centro de treinamento.
Segundo o presidente da empresa, Modesto Araujo, o novo CD será erguido em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em substituição a outro centro de distribuição em funcionamento no mesmo município. Com a nova estrutura, a rede irá ampliar sua capacidade de armazenamento de 12 mil metros quadrados para 50 mil metros quadrados.
Já o centro de treinamento, que será erguido no hipercentro da Capital, abrigará toda a área de Recursos Humanos (RH) do grupo e permitirá um aprimoramento nos processos de recrutamento e capacitação profissional. Atualmente, a empresa conta com 5 mil funcionários.
Os aportes visam sustentar o projeto de expansão da Drogaria Araujo, que prevê chegar a 2014 com 160 lojas e 8 mil empregados. Conforme o presidente, o objetivo é atingir, inclusive, cidades fora da Grande BH, onde as operações estão concentradas atualmente. O empresário não adiantou, porém, quais regiões estão na mira da empresa.
No ano passado, o faturamento chegou a R$ 965 milhões, cifra aquém do previsto no início do ano, quando a meta era bater a receita de R$ 1 bilhão. Conforme o presidente, o resultado inferior às expectativas é conseqüência de fatores que fogem ao controle da administração.
No último exercício, por exemplo, a Araujo registrou 190 assaltos em suas lojas, que, segundo ele, não foram investigados pela Polícia Civil. "Está faltando liderança na Secretaria de Defesa Social. Todos esses fatores atrapalham o desenvolvimento das empresas e a geração de empregos. Somos líderes de setor no pagamento de tributos e não recebemos atenção do Estado", reclama, se referindo ao pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que consome anualmente R$ 90 milhões do caixa da empresa.
Apesar disso e considerando o mercado interno, o empresário mantém o otimismo e acredita em uma alta na demanda. Para este ano, a meta é faturar R$ 1,160 bilhão. A confiança está ligada, também, às novidades que serão lançadas pela rede. Modesto Araujo não revela quais serão as mudanças, mas adianta que, em breve, os consumidores conhecerão um novo conceito de loja, baseado em modelos conhecidos em visitas aos Estados Unidos.
Veículo: Diário do Comércio - MG