Prefeitura afrouxa em 3h restrição a caminhão

Leia em 2min 10s

Previstas para quinta, multas na Marginal do Tietê também são adiadas para o dia 5


Mais uma vez, a Prefeitura de São Paulo decidiu mudar as regras da restrição à circulação de caminhões na Marginal do Tietê e em outras avenidas do centro expandido. Com a alteração anunciada ontem, os caminhoneiros ganharam três horas extras por dia para rodar nessas avenidas. A gestão Gilberto Kassab (PSD) também adiou a data de início da fiscalização do cumprimento das normas: em vez da próxima quinta-feira, como havia sido divulgado em janeiro, ela começa em 5 de março, a primeira segunda-feira do mês.

Com a mudança, os caminhões ficam proibidos de circular pela Marginal do Tietê das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira. Desde dezembro, quando a medida passou a vigorar em caráter educativo (sem multas), o horário de restrição é das 4h às 10h e das 16h às 22h.

Aos sábados, a proibição seguirá nos mesmos moldes adotados atualmente, das 10h às 14h.

O abrandamento das restrições ocorreu depois da pressão do setor de transporte de cargas da cidade - o que motivou uma série de reuniões entre a categoria e a Secretaria Municipal dos Transportes, a última na tarde de ontem. O anúncio dos novos horários de restrição foi feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) logo após essa audiência, da qual participou o secretário dos Transportes, Marcelo Cardinale Branco.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Francisco Pelucio, disse que, mesmo com esse afrouxamento, a categoria não está satisfeita, mas que a situação ficou "menos pior".

"O transporte rodoviário de cargas e o abastecimento da cidade têm de ser 24 horas." O setor teme que a restrição afete as empresas de distribuição.

VUCs. Pelucio também disse que a Prefeitura vai liberar a circulação dos veículos urbanos de carga (VUCs) na Zona Máxima de Restrição aos Caminhões (ZMRC). Atualmente, eles só podem rodar nessa área, dentro do centro expandido, em horários específicos, como das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira, e no fim da noite. A partir do dia 5, eles poderão, segundo Pelucio, rodar 24 horas na região, respeitando apenas o rodízio de veículos. A CET, no entanto, não se manifestou sobre o assunto.

Os caminhoneiros autônomos de São Paulo, categoria que reúne 54 mil profissionais na capital, prometem uma grande manifestação no dia 5 contra as restrições. "Se nada mudar, vamos parar a Marginal. Pelo menos a Dutra vai ficar fechada até São José dos Campos", afirma Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam).



Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Nova fábrica de chocolates

A Vonpar vai investir R$ 118 milhões em uma nova fábrica de chocolates da marca Neugebauer, em Arroio do M...

Veja mais
Liquidação pós-carnaval com desconto de até 80%

O consumidor que manteve as contas sob controle durante as festas e as férias tem uma boa oportunidade de ir &agr...

Veja mais
Padaria fideliza com venda de artigo artesanal

Passada uma década, o novo perfil de padarias está consolidado no mercado. Segmentação &eacu...

Veja mais
Equilíbrio no setor de algodão vai depender das exportações deste ano

As exportações de algodão serão um ponto importante para o mercado interno neste ano. A safr...

Veja mais
Aumenta cultivo de amendoim em canaviais

Grão plantado na renovação de culturas ajuda a recuperar a produtividade da canaA renovaç&at...

Veja mais
Produtos de baixa qualidade preocupam governo

Inmetro fará nas fronteiras "pente-fino" em mercadorias certificadas e aquelas consideradas fora das normas ser&a...

Veja mais
Negócios com orgânicos continuam em ascensão

A participação do Projeto Organics Brasil na Biofach Nuremberg 2012, a maior feira do setor orgânico...

Veja mais
Consumo de lácteos tem expansão

Aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras tem impulsionado a demanda pelos produtos da cadeia.O aument...

Veja mais
Entrevista: Drogarias no Brasil têm de vender de tudo, defende o presidente a Abrafarma

O varejo de medicamentos no Brasil está em franca transição, inclusive o modelo das farmácia...

Veja mais