Os preços internacionais do café conillon (robusta) estão mais firmes desde o fim de 2011 em virtude da menor oferta mundial. E os agricultores do Vietnã, maiores produtores da variedade, seguram as vendas. Do início deste ano até sexta-feira, os contratos futuros com vencimento em maio já registraram alta de 10,95% na bolsa de Londres. Esses papéis encerraram a primeira sessão de 2012 a US$ 1.853 por tonelada. Em 17 de fevereiro foram a US$ 2.049, e na sexta-feira fecharam US$ 2.056.
"Nós sabíamos que não estávamos indo muito bem, mas agora vemos um desempenho mais forte", diz Pierre-Jean Sivignon, diretor global do Carrefour
No mercado físico brasileiro, os preços caíram um pouco em relação ao fim do ano passado, diante da sazonalidade do mercado doméstico, explica Gil Barabach, da Safras & Mercado. "Com o avanço da colheita, o preço tende a cair. Já neste mês começa a aparecer mais produto no mercado". A saca está sendo negociada entre R$ 265 e R$ 270. Em dezembro, custava até R$ 300, 44% mais que os R$ 208 do início do segundo semestre de 2011.
O Brasil abocanhou parte do mercado de robusta, apesar de não ser tão competitivo nas exportações. Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil (Cecafé), diz que a exportação maior de robusta ocorre tradicionalmente entre abril e novembro. "Em 2012 devemos ficar próximos ao volume recorde de 2011, que alcançou cerca de 3 milhões de sacas", afirma.
Veículo: Valor Econômico