Exportações representam atualmente 5% da produção; meta é alcançar 25%.
Com crescimento acima da média do setor, a Balas Santa Rita, empresa com unidade fabril em Oliveira (Centro-Oeste mineiro), prevê ampliar ainda mais sua vantagem em relação aos outros concorrentes do ramo. Para este ano, a companhia estima aumentar a produção de balas, pirulitos e caramelos, além de intensificar sua presença em mercados estrangeiros.
No exercício passado, a Balas Santa Rita cresceu 10% ante 2009. Enquanto isso, os dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) indicam que no primeiro semestre de 2011, na comparação com idêntico período do ano anterior, a produção do segmento de balas, confeitos e gomas de mascar avançou 0,8%. Já o consumo registrou expansão de 1,3% na mesma base comparativa. Conforme a Abicab, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial do ramo.
Segundo o gerente nacional de Vendas da indústria mineira, Paulymar Rezende, o bom momento da Santa Rita é fruto de mudanças na gestão e do foco no atendimento. Sem revelar números de produção e faturamento, o executivo diz que, hoje, a companhia está entre as dez maiores fabricantes de balas do país.
A indústria comercializa seus produtos para todos os estados brasileiros, além de atingir países da América do Sul - como Uruguai, Chile, Venezuela - e da África - Angola. As exportações representam atualmente 5% da produção. E, de acordo com Rezende, enquanto de modo geral a indústria nacional vê a cotação do dólar como um gargalo para a comercialização para o exterior, para a Santa Rita já é possível negociar com esse patamar. "A meta é ampliar as exportações neste ano para até 15% do total produzido", avaliou.
Lançamentos - Com isso, o objetivo é fabricar 25% a mais, na esteira de investimentos planejados para 2012. O valor previsto para ser injetado na planta não foi revelado. Além de acelerar a produção, Rezende adianta que a empresa projeta dois lançamentos de produtos que irão se adequar à nova meta da empresa de apostar em itens de maior valor agregado. As embalagens também serão revistas. No momento, a empresa trabalha com um mix de 140 itens.
A ideia é ganhar em qualidade e se distanciar de outros concorrentes que marcam terreno no mercado por meio de "preços predatórios". Na opinião do gerente, disputar a preferência do consumidor com esse tipo de mercado é, atualmente, o maior desafio da Santa Rita. Em Oliveira, a unidade fabril mantém 290 funcionários.
Veículo: Diário do Comércio - MG