A fabricante mineira de chocolates Qoy, ex-Doce Cacau, espera a melhor Páscoa desde a fundação, em 1998. Com instalações na Capital, a empresa, que também atua no varejo com lojas próprias e franquias, saltará de uma produção de 4,3 toneladas de chocolates para 5 toneladas, um crescimento de 16,27% sobre a última Páscoa.
A aposta se deve ao calendário. Em 2011, a data coincidiu com o feriado de Tiradentes. Com isso, houve um esvaziamento da Capital, já que os consumidores aproveitaram para viajar. Além disso, o produto é perecível, o que dificultou o transporte. Já neste ano, a situação é diferente. Além de não coincidir com nenhum feriado, a Páscoa será comemorada no início do mês, período que os consumidores já receberam seus salários.
Engana-se quem acha que para aumentar a produção foi preciso investir em maquinário e expansão da fábrica. De acordo com a diretora comercial da Qoy, Flávia Falci, os clientes da marca estão em busca de novidades, uma vez que a principal característica desse consumidor é a exigência. A data representa 30% dos negócios, seguida do Natal (20%).
Desde novembro a equipe, composta por 38 funcionários, trabalha no desenvolvimento de 12 produtos de um total de 200 itens que compõem o mix. Um grupo avalia, junto aos franqueados e fornecedores, as tendências e os anseios do consumidor. "Identificamos que o consumidor quer um chocolate com mais cacau. Foi a partir desta informação que desenvolvemos ovos com 60%, 70% e 80% de cacau na composição", explica.
Flávia Falci também chama a atenção para a mão de obra especializada no processo de fabricação. "No quadro de funcionários temos uma engenheira de alimentos e uma chocalatier. preciso dedicar tempo, pesquisa, testes e utilizar os ingredientes corretos para alcançarmos o resultado esperado", ressalta.
Quanto à margem de lucro, a diretora afirma que deve se manter nos 16%. "Não conseguiremos aumentar porque os custos foram pressionados pelos preços de algumas matérias-primas. Na outra ponta, algumas caíram, chegando ao equilíbrio no final das contas", calcula. Quanto ao faturamento, é esperada uma expansão da ordem de 10%.
A Qoy tem sete lojas entre própria e franqueadas. Para a data, a aposta está nas lojas de rua. Enquanto o tíquete médio de uma loja localizada nos malls é de R$ 25, em uma loja de rua é o dobro.
Quanto aos planos, a marca prepara a inauguração da oitava loja em Congonhas (Campo das Vertentes) em maio. Será mais uma franquia. O investimento inicial médio gira em torno de R$ 200 mil. Atualmente, existe uma negociação para abertura de quatro unidades em São Paulo. Até o final do ano, a estimativa é chegar a 12 pontos de venda.
Veículo: Diário do Comércio - MG