Apesar da aproximação da Páscoa e do Dia das Mães, datas que tradicionalmente aquecem o comércio, os lojistas da Capital não pretendem contratar profissionais temporários para o período que antecede as comemorações. De acordo com levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), 74,6% do comércio da cidade não irá ampliar seu quadro de funcionários em função dessa época do ano.
Conforme os lojistas consultados pela entidade, a Páscoa e o Dia das Mães não interferem fortemente em seus negócios, o que explica a opção pela não contratação ser apontada por 35,3% dos empresários. As outras razões mais citadas foram a crença de que o pessoal efetivado já é suficiente para atender à demanda (32,1%) e a opção por investir em qualificação dos funcionários (17,9%). Outras justificativas apontadas foram pouca confiança na economia (5,4%), ausência de recursos disponíveis para contratações (3,8%), altos custos (2,7%) e dificuldade em contratar mão de obra qualificada (2,7%).
Embora somente uma pequena parcela dos entrevistados tenha atribuído à escassez de mão de obra qualificada a opção por não contratar temporários para o período, essa continua sendo um gargalo do varejo. Independentemente da época do ano, 58,8% dos lojistas têm dificuldades para efetivar novos funcionários.
Entrave - Além da falta de qualificação citada pela maioria dos empresários como principal entrave (58,6%), foram apontados também a falta de interesse dos candidatos (31,4%) e a competição entre empresas/alta demanda (10,1%).
Como a baixa qualificação representa um entrave para os negócios, 29% dos lojistas que irão investir em 2012 deverão aplicar recursos na qualificação dos colaboradores. Mas a maior parte das inversões será injetada na diversificação do mix de produtos (33,2%). Outros investimentos apontados foram abertura de filiais (9,1%), contratação de pessoal (8,5%) e expansão física do ponto de venda (3,7%). Dos comerciantes consultados, 72% têm planos de investimentos para 2012.
Quanto aos custos, o que mais pesa nas empresas hoje é o do aluguel (32,2%), seguido por impostos (30,4%) e folha/encargos (18,3%). Com menos força foram citados os gastos com energia (7,4%), condomínio (5,7%), manutenção de tecnologia (4,2%) e água (1,7%).
Veículo: Diário do Comércio - MG