O aumento do consumo de medicamentos no Brasil e, consequentemente, o maior volume de receitas em papel, começa a criar embaraço para as farmácias.
O problema pode piorar se não forem discutidas maneiras de utilizar receitas médicas eletrônicas, segundo a Abrafarma (associação de redes de drogarias).
O mercado farmacêutico deve passar de R$ 41 bilhões em 2011 para R$ 90 bilhões em 2015, devido ao aumento da renda e de programas como o Farmácia Popular, de acordo com Sérgio Mena Barreto, presidente da entidade.
"Temos de enviar para a Anvisa os dados da movimentação de medicamentos no sistema nacional de gerenciamento do produto controlado. Isso é uma coisa boa, mas o farmacêutico virou um digitador de luxo. Precisa de um sistema informatizado."
Membros da Abrafarma viajaram nesta semana para a Turquia para conhecer seu sistema de receita eletrônica e desenvolver sugestões para enviar ao governo brasileiro. "É preciso fazer uma revisão na legislação", diz Barreto.
Uma das ideias é que o paciente não tenha que levar a receita à farmácia todas as vezes que for comprar um produto de uso contínuo.
"Tem que ficar armazenado digitalmente. Nos EUA, ninguém sai do consultório médico carregando uma receita de papel. Cada um tem um cartão com um número de prescrição digital", afirma.
"Se o setor não sair do modo manual, haverá um estrangulamento."
Veículo: Folha de S.Paulo