O feijão está ficando cada vez mais salgado neste ano. Produto básico na alimentação das famílias, o preço médio do pacote de um quilo do grão subiu 51% entre a primeira semana do ano e ontem. Se a dona de casa encontrou no começo do ano o produto por R$ 2,98, em média, nos supermercados do Grande ABC, hoje paga cerca de R$ 4,52.
E a explicação para esse encarecimento é que ainda está sendo vendido o grão antigo. Mas abril e maio são períodos de colheita e assim que essa produção chegar ao mercado os consumidores terão alívio nos preços, estima o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto.
A Craisa realiza o levantamento de preços semanalmente. A pesquisa ocorre em todas as segundas-feiras e terças-feiras. Nesses dias, dificilmente os supermercados terão alguma promoção, que normalmente tem início na quarta-feira. A coleta de preços, nesta semana, foi realizada em 15 estabelecimentos.
Nas 14 semanas deste ano, apenas a cebola apresentou inflação superior à do feijão. O legume ficou 87% mais caro neste período. Em janeiro, um quilo do alimento custava, em média, R$ 0,99. Agora, a mesma quantidade do produto é encontrada por R$ 1,86.
CESTA - Nesta semana, o preço da cesta básica da região subiu 1,13% em relação à semana passada. Passou de R$ 366,12 para R$ 370,24.
O grupo higiene pessoal teve a maior alta entre os quatro segmentos pesquisados pela Craisa. A variação foi de 4,15%. O pacote de oito rolos de papel higiênico foi o item com maior encarecimento, de 8,97%. O preço médio passou de R$ 3,79 para R$ 4,13.
Os alimentos subiram 1,2% e os hortigranjeiros apresentaram alta de 1,06%. Apenas os produtos de limpeza doméstica tiveram deflação de 1,92%.
CARNES - As carnes de primeira, cujo quilo está em média R$ 14,29, ficaram 1,13% mais caras em relação à semana passada. Os cortes de segunda, R$ 9,77, deflacionaram 0,51%.
Veículo: Diário do Grande ABC - SP