Coreanos da LG querem liderar vendas de lâmpadas no Brasil

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Fabricante contrata ex-executivo da Philips e planeja atingir 30% do mercado da tecnologia LED até 2017


A sul-coreana LG Electronics, conhecida no Brasil por atuar agressivamente nas áreas de televisores e celulares, o que a ajudou a faturar R$ 3,1 bilhões em 2011, está disposta a liderar as vendas de lâmpadas no país. Isso significa tirar mercado da Philips, Osram e GE. Como os modelos de lâmpadas usadas hoje passam por uma transição, com o fim das versões incandescentes até 2016, conforme determinação do Ministério de Minas e Energia, e a possível extinção da versão fluorescente, a LG definiu que sua atuação se concentrará exclusivamente nas lâmpadas LED, que respondem por apenas 10% de toda iluminação brasileira. “Trata-se do futuro. As outras tecnologias estão com os dias contados e LED poderá chegar a 100% do mercado”, afirma Alexandre Borin, gerente- geral da área de energia da LG Brasil, ao BRASIL ECONÔMICO.

Advindo da Philips, onde atuou por 10 anos, sendo que nos últimos três na área de iluminação, Borin tem metas agressivas. “Em cinco anos quero ter 30% de participação do mercado de lâmpadas LED”.

Duplicação da oferta

A primeira providência da área que começou a ser estruturada no ano passado e que começa a ser apresentada gradualmente ao mercado será dobrar o tamanho do portfólio, hoje composto por 40 lâmpadas LED dos mais diferentes formatos. Até o final do ano, segundo Borin, serão cerca de 80. No momento, o foco da LG está em cima de grandes usuários de iluminação que ela chama de indoor (ambientes fechados), como concessionárias de energia, shoppings centers e hospitais.

A unidade do Hospital Israelita Albert Einstein em Alphaville (SP), que deve ser inaugurado até a metade deste ano, terá toda iluminação baseada em LED pelas mãos da LG. A unidade principal do hospital, que fica no bairro do Morumbi, em São Paulo, também está migrando gradativamente para a tecnologia LED com a ajuda dos coreanos. “Em relação às lâmpadas incandescentes, o custo chega a cair 80%, e em comparação à versão fluorescente a queda é de 60%”, afirma Borin.

Iluminação pública

A partir do segundo semestre, o time de Borin entra em campo para apresentar suas soluções ao governo e fazer sua estreia na área de iluminação pública, de olho nos próximos eventos esportivos como a Copa e a Olimpíada que demandarão projetos de remodelação da iluminação pública de vários espaços próximos a estádios. Estar nas ruas não é a única ambição de Borin. “Queremos os quatro estádios da Copa que usarão lâmpadas LED. Aí vamos atrás das concessionárias de cada um”, conta.

Em relação à iluminação residencial, Borin garante que este mercado é muito prematuro no Brasil, o que levará a LG a adiar sua chegada às prateleiras das lojas de material de construção e supermercados. “O brasileiro ainda não aprendeu a fazer a conta da relação custo benefício e acha a lâmpada LED cara, embora seu preço esteja caindo.” Em meados de 2011, uma lâmpada LED de 7 watts custava R$ 150. Hoje sai por R$ 70. A LG também começa a importar da Coréia seus módulos que convertem energia solar em energia elétrica, um negócio minúsculo no Brasil que começa, embora modestamente, a apresentar demanda.

 

Veículo: Brasil Econômico


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