O setor varejista fechou em janeiro 6.552 postos de trabalho formal na Região Metropolitana de São Paulo. Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada sofreu um recuo de 0,7% na passagem de 2011 para 2012, tendo o total de empregados no comércio caído de 980.991 em dezembro para 974.439 em janeiro. Os índices foram apontados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e tomam como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
A estatística da federação para a Grande São Paulo trabalha ainda com os números de janeiro, pois, segundo nota enviada pela entidade, os dados de emprego aberto por regiões do Caged só são liberados pelo governo com três meses de defasagem. Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês de 2011, o quadro de empregados do comércio registrou aumento de 4,4%, com a contratação de 40.625 empregados com carteira assinada, o que expandiu a base de 933.814 em janeiro do ano passado para 974.439 em janeiro último. Os números de janeiro confirmam, segundo a federação, um arrefecimento do ritmo das contratações. Mas o movimento, de acordo com a assessoria técnica da entidade, não chega a preocupar porque o nível de emprego continua crescendo e o ritmo menor é consequência do período de pleno emprego pelo qual passa o Brasil.
A entidade destaca que o primeiro trimestre costuma apresentar desempenho inferior ao dos demais e prevê que os indicadores do comércio de bens e serviços ficarão aquecidos. "A desoneração da folha de pagamento para a indústria, que deveria ser estendida aos demais setores da economia, deve impulsionar a contratação de funcionários nos próximos meses", preveem técnicos da entidade.
Páscoa
Boa parte do resultado das contratações se deu por conta das vendas de Páscoa. A rede de doçarias Ofner, inclusive, foi uma das empresas com resultados expressivos no período, ao apontar que as vendas tiveram 65 toneladas de produtos envolvidos (ovos, bombons e palomas). Segundo dados do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, os consumidores deixaram as compras para a última hora e, na Ofner, não foi diferente. "É normal os consumidores deixarem para os últimos dias. Principalmente as pessoas que compram para as crianças, que não podem deixar o ovo muito tempo guardado", crê Laury Roman, diretor-comercial da Ofner.
Veículo: DCI