Rio dribla greve, mas paga mais pelo frete

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Para evitar desabastecimento, atacadistas usam rotas alternativas à Dutra, congestionada em razão de manifestação - Saca de batata fica 150% mais cara; à noite, foi anunciado acordo para suspender a paralisação

 

Para evitar desabastecimento e perdas ainda maiores em razão da greve dos caminhoneiros, os atacadistas de hortifrútis do Rio de Janeiro usaram rotas alternativas e, por isso, pagaram frete mais alto para que as mercadorias chegassem à capital.

À noite, o governo anunciou acordo para encerrar a paralisação.

 

A greve dos caminhoneiros provocou 24 quilômetros de congestionamento na rodovia Presidente Dutra no sentido São Paulo-Rio de Janeiro e 13 quilômetros no sentido contrário.

 

Atacadista há 30 anos na Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio de Janeiro), Antonio Carlos dos Santos, 48, pagou até 40% a mais pelo frete para que as batatas vindas de São Paulo cheguem pela rodovia Rio-Santos.

 

Pelo segundo dia, ontem, a saca de batata (50 kg) foi comercializada ao preço médio de R$ 100 no entreposto carioca -alta de 150% em relação ao valor da semana passada. A entrega do vegetal foi a mais afetada pela greve.Só ontem, o comerciante calculou perdas de R$ 15 mil."Os varejistas estão vindo, mas compram só 30% do que estavam acostumados, pois os preços da saca subiram."

 

Santos disse que as cargas de batata estão sendo negociadas diretamente com produtores do interior paulista e que muitos têm optado por deixar os vegetais no campo em vez de seguir viagem."Combinei com o produtor que pagaria um frete maior se ele viesse pela Rio-Santos. O preço da batata a gente vai negociar aqui. Se a greve continua, há desabastecimento em todo o Rio."

 

Os atacadistas da Ceasa-Rio também estão com dificuldade em receber tomate e laranja. Os preços seguem elevados.A caixa de tomate (22 kg) é negociada a R$ 120, e a de laranja (25 kg), a R$ 45.

 

TRÂNSITO

 

O maior congestionamento registrado ontem na rodovia Presidente Dutra foi na altura de Barra Mansa (RJ).Nos dois sentidos, a paralisação foi de 36 quilômetros, sendo maior no sentido São Paulo-Rio de Janeiro.

 

Os caminhões, de acordo com a concessionária que administra a rodovia, ficaram parados no acostamento e na faixa da direita das pistas.O fluxo de automóveis, ônibus e veículos de emergência se dava por uma única faixa da esquerda.

 

Muitos motoristas acabaram vendendo sua carga de produtos perecíveis, como frutas, à beira da estrada, a fim de reduzir prejuízos.

 

Os cegonheiros chegaram a anunciar adesão à greve em nível nacional por tempo indeterminado, antes que o governo anunciasse o acordo.

 

O sindicato nacional -que não inclui Minas Gerais- estima a paralisação de cerca de 6.000 carretas e possíveis problemas para as montadoras.Procurada, a federação da distribuição de veículos não se pronunciou.

 


Veículo: Folha de S.Paulo

 


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