As exportações da pluma de algodão produzido em Mato Grosso no 1º semestre deste ano aumentaram 925% em volume e 972% em receita em relação a igual período de 2011. Nos 6 primeiros meses de 2012 foram embarcadas 176,103 mil toneladas do produto, movimentando US$ 324,103 milhões, ante 17,172 mil toneladas (t) no ano anterior, suficientes para gerarem US$ 30,226 milhões.
Quantidade enviada ao mercado internacional é a maior dos últimos 5 anos, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e superou em 59,78% a quantidade exportada durante o 1º semestre de 2009 (110,213 mil t) e em 30% a receita (US$ 140,861 milhões), recorde para o período.
Em junho, especificamente, as exportações da pluma mato-grossense atingiram o maior volume, totalizando 23 mil t, contra 122 t em igual mês de 2011, avanço de 18,752% no período. Como maior comprador do produto estadual identificou-se a Turquia (5,7 mil t), seguida da China (5,6 mil t), que juntas abocanharam 46,8% das exportações de junho.
No semestre, o maior comprador foi a China (38,417 mil t), responsável por adquirir 22% da pluma produzida em Mato Grosso, acompanhada da Indonésia (27,408 mil t) e da Coreia do Sul (24,238 mil t).
Diagnóstico do Imea mostra que ao final do semestre 95% das exportações da pluma de algodão foram destinadas aos países asiáticos. Produção comercializada até agora é resultante da safra 2010/2011, já que da safra atual ainda resta 49% a ser colhida no Estado, algo equivalente a 350 mil hectares.
Analista de mercado do Imea, Elisa Mauro Gomes, explica que o incremento registrado no 1º semestre deste ano foi ocasionado pelos baixos estoques, resultantes de uma produção menor em 2010, que voltou a subir na última safra. Na temporada 2009/2010 foram cultivados 419 mil hectares de algodão em Mato Grosso. Na safra seguinte, a área plantada aumentou para 725 mil hectares, resultando em 937,361 mil toneladas de algodão em pluma.
Para 2012 são projetadas 99,441 mil toneladas de pluma de algodão provenientes de 722 mil hectares. De acordo com a balança de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 52% dessa produção deve ser exportada. Em 2011, o total foi 38%.
Veículo: DCI
