As vendas líquidas da Procter & Gamble (P&G) recuaram 1% no Brasil no quarto trimestre fiscal, terminado em junho, em relação a igual período do ano passado. Excluído o efeito cambial, o crescimento orgânico foi de 17%.
Somando o desempenho nos mercados em desenvolvimento - grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia e China -, as vendas líquidas avançaram 3% na mesma comparação, com crescimento orgânico de 10%.
O volume de vendas de produtos de cuidados com o cabelo cresceu mais de 20% no Brasil, impulsionado pela marca Head & Shoulders e pelo lançamento da Wella Pro Series, marca de produtos vendidos tanto no varejo tradicional como no profissional.
A P&G informou que o volume de vendas do segmento de cuidados femininos cresceu dois dígitos na América Latina, conquistando fatia de mercado, com destaque para o crescimento forte no Brasil. No país, a empresa atua com as marcas de absorventes Always e Naturella.
Jon Moeller, diretor financeiro da P&G, diz que o crescimento continua muito forte nos mercados em desenvolvimento, responsáveis por cerca de 40% do faturamento e 45% do volume de vendas da companhia. Na Unilever os países em desenvolvimento já representa 55% das vendas.
A P&G registrou lucro líquido 45% maior no quarto trimestre fiscal. O montante foi de US$ 3,63 bilhões frente aos US$ 2,51 bilhões anteriores.
O lucro por ação atingiu US$ 1,24, aumento de 48% sobre igual intervalo do ano passado, devido ao ganho com a venda dos ativos da batata Pringles. Apesar do crescimento, o resultado foi parcialmente ofuscado pelas despesas de reestruturação, devido ao programa da companhia de corte de custos.
No mundo, a receita líquida encolheu 1%, para US$ 20,2 bilhões. As vendas orgânicas avançaram 3%, na mesma comparação. Quatro dos cinco segmentos do negócio da Procter & Gamble mostraram crescimento orgânico em relação ao quarto trimestre fiscal do ano passado.
A Procter & Gamble reduziu suas projeções de lucro por ação para o próximo trimestre, pois continua a perder mercado em países desenvolvidos e enfrenta dificuldades com o aumento dos preços das commodities. A estimativa passou de ganhos de US$ 1,01 por ação para lucro em um intervalo entre US$ 0,91 e US$ 0,97, principalmente por causa das dificuldades cambiais com a valorização do dólar.
Veículo: Valor Econômico