Seca leva à queda de até 40% na produção de leite

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Preço já começou a subir; estoque de caixinhas longa vida nos laticínios deve durar 7 dias, metade do ideal

Pastagem seca, para pequenos produtores, e alto custo da ração explicam a queda ainda maior nesta estiagem


A seca prolongada e o preço alto da ração animal, por causa da estiagem que também afetou os Estados Unidos, levou à queda em até 40% da produção de leite em cidades da região de Ribeirão Preto. O estoque de leite de caixinha nos laticínios é metade do ideal.

E a ABLV, associação que representa os laticínios, diz que os fabricantes já reajustaram os custos para os supermercados, e estima que o preço do leite de caixinha vendido nas prateleiras do mercado, por sua vez, deve subir ao menos 5%.

Produtores de Patrocínio Paulista, próximo a Franca, afirmam que não vivem uma seca tão prolongada há pelo menos 15 anos. A situação é pior para pequenos produtores, que alimentam as vacas também com pastagem. Isso porque, com o pasto seco, aumenta o consumo de ração.

É aqui que seca ataca duplamente o produtor brasileiro. Ocorre que a estiagem recorde que atingiu os Estados Unidos fez subir no mercado o preço do milho e da soja, que são a base da ração.

Produto que já chegou a ser comprado por R$ 25 a saca de 50 kg, hoje a soja custa até R$ 80, segundo Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, que reúne os produtores. E a saco do milho, antes a R$ 25, hoje custa até R$ 60.

Produtor de leite há sete anos, Henrique Lopes, de Patrocínio, reclama dos preços. Diz que 1 kg de ração (cerca de R$ 1) custa mais que o litro de leite vendido para o laticínio (R$ 0,80). "A gente acaba cortando a ração e aí cai a produção [de leite]."

Laticínios como o Jussara, de Patrocínio, estão captando até 30% menos de leite. O resultado é que processam menos caixinhas e já há menos produto disponível.

O atual estoque deve durar sete dias, metade que em outros meses, segundo o diretor Laércio Barbosa, que também é presidente da ABLV. Esse cenário se repete em outros laticínios. Apesar disso, ele diz que não há risco de desabastecimento.



Veículo: Folha de S.Paulo


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