A indústria de genéricos se sustenta hoje por medicamentos que ela colocou no mercado no máximo até 2003.
De todas as unidades de remédios da categoria que são vendidas, 85% são aqueles que o setor chama de "drogas maduras", ou seja, medicamentos registrados entre 2000 e 2003.
No faturamento, a participação é de 79%, segundo a ProGenéricos, entidade que reúne a indústria.
Os medicamentos que tiveram patentes expiradas desde então representam menos para o segmento, mas devem ganhar relevância com maior velocidade do que ocorreu com os anteriores, quando o setor ainda era embrionário, segundo Telma Salles, presidente da associação.
"Quando lançamos algo no mercado, leva tempo para que seja conhecido. Mas o importante é que o acesso aos produtos pela população cresceu nesses anos."
A justificativa para tamanha relevância dos produtos "maduros" ainda hoje, segundo a executiva, é a lacuna, entre 2003 e 2007, em que um volume menor de patentes expirou no período.
"Houve uma forte leva até 2003. Após um período de menor volume, o mercado voltou a ter registros de genéricos depois de 2007. A maturação será mais rápida."
Entre os 20 mais comprados na categoria, apenas um, para disfunção erétil, foi lançado após 2003.
Veículo: Folha de S.Paulo