A indústria brasileira de brinquedos comemora crescimento de faturamento de dois dígitos para o Dia da Criança de 2012. Fabricantes como Estrela, Bandeirante, Gulliver e Grow e a importadora Lego relatam aumento de pedidos de 10% a 20% em relação a 2011. "Nos anos de dificuldade da economia, nas datas especiais, os pais recompensam as crianças com brinquedos por um aperto de cinto maior em outros segmentos", acredita o diretor de Marketing da Estrela, Aires Fernandes.
Agora, o setor aguarda o resultado das vendas no varejo, que determinarão a necessidade de reposição de estoques para o Natal. "Quando o Dia da Criança é bom, o Natal tende a ser bom também", diz a diretora de Marketing da Gulliver, Isabelle Lavin. Somadas, as duas datas representam cerca de 65% da receita anual deste mercado.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), prevê crescimento de 14% no faturamento do setor no ano, em relação a 2011, totalizando R$ 3,9 bilhões em vendas ao varejo, com o lançamento de 1,8 mil novos brinquedos. "Do crescimento de 14%, 9% é avanço do mercado interno e 5% é o que vamos tomar dos chineses", diz o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa. Ele acredita que o mercado pode fechar o ano com 60% de produção nacional e 40% de importados - em 2011, a produção local representou 50,9% e, em 2008, foi só 38,3%. O principal fator para a recuperação é o câmbio, mas a desoneração de folha e ganhos de escala também ajudaram.
A indústria brasileira de brinquedos comemora crescimento de faturamento de dois dígitos para o Dia da Criança 2012. Agora, aguarda o resultado das vendas no varejo, que determinarão a necessidade de reposição de estoques para o Natal. Juntas, as duas datas representam cerca de 65% da receita anual do setor.
A Brinquedos Estrela registra aumento de 15% nos pedidos este ano, ante ao período pré-Dia da Criança de 2011, relata o diretor de Marketing, Aires Fernandes. "Nos anos de dificuldade da economia, nas datas especiais, os pais recompensam as crianças com brinquedos, por meio de uma apertada de cinto maior em outros segmentos", acredita.
As apostas da empresa em 2012 são as bonecas Cupcake Surpresa e Carrossel e os jogos Genius, Boca Rica e Giratron. Com 230 novos produtos, a companhia tem 70% dos lançamentos na faixa até R$ 49. O reajuste de preços da fabricante ficou entre 5% e 8%, abaixo do aumento de custos, de 10% a 12%. A empresa espera fechar o ano com 30% a 35% de importados, bem abaixo dos 50% que atingiu em 2008.
Já a Gulliver calcula alta de 10% nas encomendas este ano, com cerca de 50 lançamentos. A maior atração do porfólio da companhia é a linha de licenciados do jogador Neymar, que recebeu investimento de 8% da receita da empresa em 2012, e apresenta produtos de R$ 6,90 a R$ 139,90. "Queremos abranger diferentes classes sociais e atingir pontos de distribuição para além das lojas de brinquedo", conta a diretora de Marketing Isabelle Lavin.
A empresa também tem dado peso à linha pré-escolar Smoby Baby, como reação à tendência de redução da idade do brincar, provocada pela concorrência com eletroeletrônicos. O aumento de preços este ano chega a 10%, abaixo da alta de custos, calculada entre 15% e 20%. Os importados são 20% do portfólio, ante 70% em 2008. A intenção é atingir 90% de produção local até 2013.
Para a Grow, a expectativa é chegar, até o Dia da Criança, a um crescimento de 20% sobre as vendas do ano passado. Os bonecos Turma da Mônica, Patati Patatá e a linha A Era do Gelo 4 são produtos fortes entre os 90 lançamentos que a fabricante traz este ano. "Acertar nos lançamentos e ter personagens de sucesso acabam tendo impacto importante no resultado", afirma o gerente de Marketing Gustavo Arruda. Os licenciados compõem hoje 30% a 40% do portfólio da companhia.
A Brinquedos Bandeirante também projeta 20% de crescimento. "Como destaque temos as linhas Smart, UNO e as Motos Elétricas", diz o gerente de Marketing Alexandre Branco, que ressalta que a empresa trabalha este ano com produtos de maior valor agregado. Com reajuste de preço médio de 4%, a empresa traz 55 novos produtos, tendo nos licenciados 25% do faturamento.
A M.Class, distribuidora exclusiva da marca Lego no Brasil desde 2004, viu um aumento de 20% nos pedidos esse ano, alinhado com sua expectativa de crescimento. Para a importadora, as vendas do varejo ao consumidor final no Dia da Criança são cruciais. "Caso a demanda seja muito maior do que nós importamos, não temos tempo de reação, e se for abaixo do esperado, as prateleiras continuarão cheias, o que dificulta a reposição para o Natal", explica o diretor de operações da Lego no Brasil, Robério Esteves.
A Lego traz este ano 226 lançamentos, renovando 94% de seu portfólio. As linhas City, Ninjago, Friends, Star Wars e Hero Factory são o foco da marca. "O Lego não sofreu reajuste, estamos sacrificando margens, num esforço para que mais crianças brinquem com Lego pela primeira vez", diz.
Nacionalização
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), estima para o ano crescimento de 14% no faturamento do setor, em relação a 2011, totalizando R$ 3,9 bilhões em vendas ao varejo, com o lançamento de 1,8 mil novos brinquedos. "Desse crescimento de 14%, 9% é avanço do mercado interno e 5% é o que nós vamos tomar dos chineses", diz o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.
O empresário acredita que o mercado pode fechar o ano com 60% de produção nacional e 40% de importados - em 2011, a produção local representou 50,9% do mercado e, em 2008, chegou a apenas 38,3%. "O principal fator para a recuperação é o câmbio, mas a recente desoneração de folha e ganhos de escala também ajudou a tornar a produção nacional mais competitiva", diz.
Segundo Costa, isso permitiu este ano uma redução média de preços ao consumidor entre 2% e 2,5%, ainda que os custos com insumos e mão de obra tenham crescido 18,75%. Para aumentar ainda mais a competitividade, a Abrinq reivindica a redução da alíquota de importação para partes e peças, de 35% para 2%, e um programa de complementação industrial com a Venezuela.
Veículo: DCI