A Leite Nilza, fábrica de Ribeirão Preto, volta a funcionar em 43 dias com produção inicial de 80 mil litros diários de leite UHT processado.
A data foi informada em audiência realizada anteontem pelo advogado Sérgio Alambert, presidente da holding Airex Trading -que assumiu o controle da indústria- ao juiz Heber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível, e ao promotor Ronaldo Batista.
Segundo o advogado Marcelo Gir Gomes, que representa Alambert, a empresa já recontratou 40 ex-funcionários. A intenção é que outros 50 voltem a atuar. Espera-se que, em seis meses, o quadro chegue a 150 trabalhadores.
Dentro desse período, de acordo com Gomes, a produção diária da indústria deverá chegar a 1 milhão de litros.
A intenção é atender um raio de 150 km a partir de Ribeirão, local em que há forte presença da marca.
Uma nova assembleia com credores deverá acontecer no dia 28 de novembro para que sejam apresentadas as projeções feitas pela empresa.
A Leite Nilza, que possui dívida de R$ 420 milhões, foi fechada há dois anos após a Justiça decretar a sua falência. Na ocasião, havia suspeita de fraude e lavagem de dinheiro. A indústria se prepara para voltar a funcionar desde o ano passado. A retomada já foi adiada três vezes.
Em abril, a Leite Nilza obteve o registro no SIF (Serviço de Inspeção Federal), último requisito que faltava para o início das operações.
O registro foi concedido após análise de documentos como memoriais sanitários, autorizações de outros órgãos e plantas das estruturas do estabelecimentos.
Veículo: Folha de S.Paulo