Klabin se diz preparada para a crise

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A fabricante de papel Klabin disse ontem que não está imune à crise, mas está melhor preparada para enfrentar a turbulência. "A gente entra numa situação diferente", pontuou o diretor-geral da Klabin, Reinoldo Poernbacher. 

 

O executivo disse que a desvalorização do real, aliada à redução de alguns custos de produção, colocará a Klabin em melhores condições de competitividade. A empresa já detectou, depois da eclosão da crise, queda de 40% no preço do óleo combustível e redução menor nos preços de produtos químicos. Com isso, o executivo da Klabin espera uma melhoria nas margens da companhia. 

 

Poernbacher estimou que o volume de exportação de papéis deve crescer acima dos 40% e o faturamento com as vendas externas será superior aos 26% atuais. Segundo ele, a Klabin elevará as vendas aos Estados Unidos. 

 

Em 2002, em meio à crise provocada pela alta do dólar, a fabricante de papel recebeu ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) num plano que levou a uma reestruturação da empresa com a venda de mais de US$ 800 milhões em ativos. 

 

"Liquidez é fundamental", disse o executivo. Desta vez, a Klabin encerrou o terceiro trimestre com R$ 2,1 bilhões em caixa e concluiu, no fim de 2007, um investimento para o aumento de produção de papel-cartão, em Telêmaco Borba (PR), produto usado na fabricação de embalagens. "Estabilizamos a produção da fábrica. Sua eficiência aumenta. Se fará mais com menos", disse Poernbacher. Para 2009, cerca de 150 mil toneladas de produtos devem ser colocados a mais no mercado. 

 

O diretor-geral da Klabin disse que os demais investimentos de expansão estão suspensos, exceto os relacionados à manutenção e segurança. A empresa justificou a prudência perante o cenário de crise. 

 

Entre os projetos de investimentos parados, inclui-se a expansão de duas fábricas em Santa Catarina, além de um projeto de investimento em celulose de mercado para atender uma futura fábrica de produção de papel a ser erguida pela empresa. 

 

Poernbacher afirmou que a empresa deve manter a expansão da base florestal com acordos para que terceiros ampliem suas plantações e forneçam madeira à Klabin. (AV) 


Veículo: Valor Econômico


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