Pesquisa compara preços de nozes, castanhas e frutas secas em BH, que subiram pouco em relação a 2011 mas devem cair em dezembro, segundo comerciantes. Segredo é esperar
O Natal está chegando e para ter uma ceia farta sem gastar muito é preciso pesquisar. Diante da temporada de alta, comparar preços antes de comprar virou tarefa obrigatória, já que alguns itens do banquete chegam a apresentar variação de 152,73% em Belo Horizonte. Os dados são de pesquisa do site Mercado Mineiro, que entre os dias 19 e 23 de novembro visitou cerca de 20 lojas e supermercados da capital.
A ameixa seca com caroço foi o ítem que apresentou maior variação, e custa de R$ 5,50 a R$ 13,90. Já o panetone de fabricação própria apresentou variação de 100%, custando de R$ 3,99 a R$ 7,99. Com a mesma variação do panetone está a tâmara sem caroço, que pode ser encontrada no mercado de R$ 14,90 a R$ 29,80. As passas pretas vão de R$ 6 a R$ 11,90, com variação de 98,33%; a castanha-de- caju torrada salgada vai de R$ 29,80 a R$ 56,90, com variação de 90,94% e o quilo do bacalhau Saith sai por R$17,98 a R$32,90, com preços variando 82,98%.
Foram pesquisadas ainda as bebidas comuns nesta época do ano. A maior variação encontrada foi de 46,14%, do uísque White Horse oito anos, que pode ser encontrado de R$ 47,90 a R$ 70. O espumante Salton Brut de 750ml pode ser encontrado de R$ 19,90 a R$ 28, com variação de 40,70% e o Chandon Brut de 750 ml de R$ 49,90 a R$ 69,90, com variação de 40,08%. Entre os vinhos tintos, o Cabernet Santa Helena de 750ml, apresentou variação de 39,66%, com preços de R$ 17,90 a R$ 25.
Na comparação com o ano passado, o estudo apontou ainda que em 2012 alguns produtos da ceia chegam mais caros ao mercado. De acordo com a pesquisa, o quilo de nozes sem casca passou de R$ 47,60 em 2011 para R$ 61,80 neste ano, acréscimo de 29,83%. O chester também ficou mais caro, e registrou aumento de 26% neste ano. No ano passado, o quilo da ave era vendido a R$ 11,33, e neste ano sai a R$ 14,28.
Para o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, este é o momento de o consumidor fazer a sua parte, ficando de olho nos preços, pesquisando e comparando para conseguir economizar na ceia. “Não compramos nozes o ano todo e não sabemos os preços. Portanto, a primeira quinzena de dezembro é o momento de especulação”, aconselha.
A dica, segundo o administrador, é esperar para fazer as compras na segunda quinzena do mês, quando os preços caem em função da concorrência. “O lojista precisa vender essa mercadoria, que é muito sazonal. Se pesquisamos e pechinchamos, estimulamos a concorrência”, acrescenta. Outra boa estratégia, segundo ele, é ir comprando aos poucos, à medida em que surgirem boas ofertas para cada produto.
Consumidor consciente, o assessor parlamentar Fernando Elias Freitas fez o dever de casa ontem e foi ao Mercado Central pesquisar os preços e a qualidade dos produtos que pretende oferecer em sua ceia de Natal. “Ao fazer uma pesquisa, vi produtos com diferenças nos preços que chegam a 30%, mas daqui até a data ainda vou avaliar bem porque poderemos ter uma queda nos preços”, afirma.
Nas lojas, os comerciantes garantem que a alta dos preços dos produtos natalinos em relação aos cobrados no fim de 2011 são pequenas e ainda não impactam o bolso do consumidor. “No início, alguns produtos chegam com o preço mais alto, como é o caso da castanha portuguesa, mas ao longo de dezembro vão baixando”, garante o proprietário da Biscoitos São Geraldo, José Maria Ferreira Duarte.
Veículo: Estado de Minas