Produto, que subiu 48% em um mês, deve recuar com a entrada da safra gaúcha no mercadoPietro Rubin | pietro.rubin@zerohora.com.br
Está mais caro fazer molhos, saladas e outras receitas tradicionais da rotina dos gaúchos. Entre as últimas semanas de outubro e de novembro, o tomate foi o produto da cesta básica que registrou o maior aumento (48%), conforme o Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Uma das razões para a alta, no valor por quilo, de R$ 1,86 para R$ 2,76, é a menor oferta do produto nesse período do ano. A partir de novembro, a Região Sudeste diminui sua produção, e gaúchos e catarinenses recém iniciam a colheita.
– Tivemos as dificuldades geradas pela chuva em Santa Catarina, que entre o fim de novembro e o início de dezembro atrapalharam o transporte do tomate vindo do Sudeste até o Rio Grande do Sul – diz Antônio Conte, engenheiro agrônomo da Emater.
Enquanto o preço não se reduz, os consumidores percebem no bolso o valor alto do tomate. Mas com a entrada da produção gaúcha no mercado, o preço deve ceder nas próximas semanas. Na Ceasa de Porto Alegre (RS), o tomate teve seu valor por quilo reduzido de R$ 2,68 na semana passada para R$ 1,68 atualmente. Para o encarregado pelo setor de Análises e Informações da Ceasa em Porto Alegre, Amaurí Pereira, a retração no mercado também está contribuindo:
– Notamos que, mesmo com aumento na oferta, não houve um movimento tão grande nas compras. E, como o preço é estabelecido pela oferta e procura, o valor do tomate acabou caindo.
Veículo: Zero Hora - RS