As vendas do comércio varejista da capital mineira deverão aumentar em cerca de 9% em 2012 em relação ao ano anterior. A estimativa foi feita pela economista da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) Ana Paula Bastos, ao analisar os 7,71% de avanço registrados na comercialização deste tipo de negócio no acumulado de janeiro a novembro do ano passado frente ao mesmo período do exercício anterior.
Segundo ela, o otimismo se deve à série de bons resultados que o comércio apresentou no decorrer do ano passado. "As vendas foram crescentes desde o início do ano de 2012, em todas as bases de comparação. Mês a mês os resultados foram satisfatórios em função de vários fatores, como crédito, renda e emprego", explica.
Neste contexto, segmentos como vestuário, produtos farmacêuticos e máquinas e eletrodomésticos foram os grandes destaques do exercício. Isso porque são setores com vendas influenciadas pelo aumento da renda da população e que contaram ainda com o efeito positivo das políticas de incentivo do governo federal, como a isenção e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
De janeiro a novembro, a situação não foi muito diferente. Entre os segmentos que mais contribuíram para o incremento de 7,71% das vendas na Capital apareceram: produtos farmacêuticos (8,69%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (7,58%); papelarias e livrarias (7,17%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos (5,91%); supermercados e produtos alimentícios (5,82%), entre outros.
Antecipação - Quando comparado o resultado do décimo primeiro mês de 2012 com o de outubro do mesmo ano, foi observado crescimento de 1,12%. "Vários consumidores aproveitaram o pagamento do décimo terceiro salário para antecipar as compras de Natal", justifica a economista.
Neste caso, os setores com melhor desempenho foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos (7,71%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (6,99%); e produtos farmacêuticos (3,44%).
Já em relação ao mesmo mês de 2011, o varejo belo-horizontino em novembro do ano passado avançou em 2,01%. Conforme Ana Paula, aqui é preciso considerar a base de comparação, já que em 2011 a situação econômica era distinta da atual. "Naquela época os juros estavam maiores e a expansão do crédito não estava tão evidente. Além disso, atualmente a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Belo Horizonte é uma das menores do país", diz.
Apresentaram crescimento nesta base de comparação: produtos farmacêuticos (5,07%); supermercados e produtos alimentícios (2,74%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (1,94%); ferragens, material elétrico e de construção (1,69%); artigos diversos (1,49%); e máquinas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos (0,62%).
Veículo: Diário do Comércio - MG