O valor da cesta básica em São Paulo teve alta de 8,64% em 2012 ante 2011, indica pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada ontem. De acordo com o levantamento, o preço médio do grupo de 31 produtos que compõem a cesta aumentou de R$ 347,26, em 27 de dezembro de 2011, para R$ 377,26, em 28 de dezembro de 2012.
Entre os três grupos de produtos que compõem a cesta, alimentação teve o maior aumento de preços no período, 9,22%. Higiene pessoal subiu 8,78% e limpeza cresceu 3,59%.
Dos 31 produtos que compõem a cesta, 24 apresentaram alta e sete tiveram os preços reduzidos ao longo do ano. As maiores altas foram da batata (kg) (62,42%) e cebola (kg) (59,76%). As maiores quedas foram da carne de primeira (kg) (de 11,05%) e açúcar refinado (kg) (de 9,84%).
Na comparação entre dezembro e novembro do ano passado, o preço da cesta aumentou 1,34%. Segundo a pesquisa, o preço médio do grupo de produtos que compõem a cesta era de R$ 372,27 no dia 30 de novembro e passou para R$ 377,26 em 27 de dezembro.
O grupo que registrou o maior aumento foi limpeza, com variação positiva de 2,57% no período. Higiene pessoal e alimentação tiveram altas de 1,27% e 1,21%, respectivamente, conforme o levantamento.
Ainda segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as principais revisões de preços previstas para os primeiros meses deste ano - da gasolina, dos ônibus urbanos no Rio de Janeiro e em São Paulo e da energia elétrica - devem resultar em alta da inflação. Apesar da tentativa do governo de conter o custo de vida da família brasileira, o saldo entre as três pressões é positivo, com reajustes da gasolina e do transporte superando os reflexos da queda da tarifa de energia.
O IBGE informou que a cada 1% de reajuste da gasolina significa um impacto de 0,0389 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Caso o reajuste seja de 7%, o impacto positivo será, portanto, de 0,28 ponto percentual. Junto com a revisão das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo, cujo impacto será de 0,58 ponto percentual, as duas pressões teriam peso de 0,86 ponto percentual no IPCA, segundo cálculo do economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.
Já a redução da tarifa de energia elétrica de 16% para o consumidor residencial significará uma retração do IPCA de 0,53 ponto percentual. Com isso, o saldo entre os impactos das revisões de preço da gasolina, ônibus no Rio e em São Paulo e energia elétrica é de alta de 0,33 ponto percentual do IPCA, diluído entre janeiro e fevereiro.
Veículo: DCI