Altenburg abre loja em Santa Catarina e planeja chegar a São Paulo em 2009

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A Altenburg inaugurou ontem sua primeira loja de varejo chamada Altenburg Store, seguindo o caminho de outras indústrias do setor de cama, mesa e banho como M. Martan e Zelo, que optaram já há alguns anos por um canal direto com o consumidor. O presidente da empresa, Rui Altenburg, diz que a primeira loja, localizada em Balneário Camboriú (SC), será uma espécie de laboratório, mas afirma que já existem planos para, ainda no primeiro semestre de 2009 abrir outras duas unidades na cidade de São Paulo. 

 

"A cidade de Balneário Camboriú reúne pessoas de diferentes locais e será um excelente medidor dos desejos dos consumidores", afirma. 

 

Os planos da empresa são, depois, partir para uma grande praça, como São Paulo, para então avaliar o modelo de expansão, que poderá ser feito por lojas próprias, franquias ou parcerias com o varejo multimarcas. Neste último caso, a varejista aceitaria vender produtos de apenas dois ou três fornecedores, em troca de melhores condições de negociação e financiamento com essas indústrias. 

 

A Altenburg pretende entrar no mercado paulista em março, com a abertura de uma loja de rua. Até o fim do primeiro semestre, planeja abrir uma segunda unidade, desta vez em um shopping. O executivo não revela os investimentos no ponto-de-venda de Balneário Camboriú, que tem 450 m2, mas diz que o projeto em 2009 poderá totalizar R$ 2 milhões. O valor a ser aplicado, no entanto, ainda vai depender do tamanho das lojas paulistas. 

 

A chegada da companhia ao varejo era estudada há cerca de 10 anos, mas evitada porque se temia estremecer a relação com seus clientes varejistas. Há anos, a empresa mantinha uma loja dentro da matriz em Blumenau, que inicialmente atendia funcionários e há algum tempo abria para o público em geral, mas era uma loja discreta, sem design ou divulgação, apenas tendo servido como um primeiro entendimento da importância da proximidade com o consumidor. 

 

"O varejo era um projeto adormecido. Sempre estávamos resistindo porque achávamos que o comerciante se sentiria melindrado. Mas o comércio precisa entender que estando mais perto dos consumidores, vamos compreender melhor seus anseios e melhor adequar as coleções". O executivo diz que a idéia não é uma concorrência predatória de preços e nem abrir lojas onde não houver potencial para mais do que uma unidade. 

 

Rui pondera que esse movimento da indústria rumo ao ponto-de-venda ocorre também porque, nos últimos anos, o varejo "em certo ponto" virou um concorrente das indústrias. As próprias lojas importam diretamente produtos de diversos países ou mandam fabricá-los com suas marcas. "Indo ao mercado, você quebra a multiplicação dessa cadeia", acredita. 

 

O pontapé de um projeto importante em meio à turbulência econômica internacional não é visto como um problema. "A crise no Brasil é mais projetada do que efetiva", afirma, acrescentando que "a crise existe para quem se entrega à crise". Para Rui, os dados das vendas de Natal vão mostrar se realmente há crise no Brasil ou não. "Se houver, ela pode diminuir o tamanho do bolo, mas vamos tentar aumentar nossa fatia." 

 

Fundada em 1922 e hoje com cerca de 950 empregados, a Altenburg tem seu foco em produtos de cama e banho para os públicos das classes A e B. A empresa evitou projetar o faturamento da rede de lojas. A Altenburg Store terá uma gerência própria dentro do grupo. 

 

Veículo: Valor Econômico


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