Vestuário cresce 20% e vê fôlego a 09

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O comércio varejista de vestuário, calçados e acessórios foi o segmento que mais cresceu este ano, ao contabilizar incremento de 20% nas vendas, principalmente entre as redes que atuam na região metropolitana de São Paulo. Para a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP), essa é a área que deverá manter o melhor desempenho nas vendas natalinas e também ao longo do próximo ano, em um cenário de maior cautela do consumidor referente aos impactos da crise em suas finanças. Até outubro, a entidade contabilizou expansão acumulada de 21,9% no segmento em comparação ao ano passado.

 

Ainda em pleno ritmo de expansão no varejo, a rede da catarinense Marisol, a One Store, continua confiante no desempenho do setor e projeta faturar, em média, R$ 400 milhões este ano, valor até 30% superior na comparação com 2007. Com forte trabalho na conversão de pequenas e médias lojas, a companhia, que em janeiro estava com 17 filiais, encerrará o ano com 81 pontos-de-venda em funcionamento.

 

"Planejamos para o próximo ano mais 120 lojas, , , 30 das quais serão abertas já no primeiro trimestre", disse Carlos Vitorino, gerente de Operações da One Store. O aporte dos lojistas nesta expansão deverá chegar a R$ 18 milhões e as regiões consideradas prioritárias são o Centro-oeste, o Nordeste e o Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro. Para a conversão de uma unidade, a Marisol também concede crédito ao investidor junto à financeira Santinvest.

 

A meta da holding, que foi fundada por Vicente Donini, é ambiciosa: atingir 500 unidades da One Store em cinco anos. "Também queremos contribuir para a profissionalização do pequeno e médio varejo no País", acrescentou Vitorino. Das 64 lojas inauguradas este ano, 80% o foram por meio do sistema de conversão, e as restantes foram implementadas. O executivo explica que a estratégia é prospectar os mais de dez mil clientes da Marisol e identificar aqueles com potencial para operar neste novo sistema.

 

Neste Natal, a expectativa é obter alta de 10% no volume de vendas no quesito mesma base de lojas. Na avaliação do gerente de Operações, as vendas não serão afetadas pelo contexto da crise financeira internacional. "Neste primeiro momento, haverá um incremento, pois o consumidor que depende de crédito para comprar bens duráveis, comprará mais bens semiduráveis, algo já esperado por todo o varejo. Passado o início de 2009, não esperamos um crescimento vultoso. Só crescerá quem for bastante agressivo e tiver melhor posicionamento no mercado", ressaltou o responsável pela rede.

 

Promoções

 

Com a estratégia de liquidar seus estoques, algumas redes de vestuário, como a Camisaria Colombo, iniciaram ações promocionais para aquecer as vendas natalinas. No Shopping Pátio Paulista, na capital paulista, por exemplo, a empresa comercializa pacotes promocionais com camisa, terno e calça. Ainda no Pátio Paulista, a grife carioca Maria Filó, voltada para clientes mais exigentes e de alto poder aquisitivo, iniciou suas atividades em São Paulo.

 

No Bourbon Shopping Pompéia, também em São Paulo, a Le Lis Blanc, marca feminina de luxo, também acelerou seu crescimento ao abrir a porta de uma nova filial. Com 19 anos de atuação no mercado, a rede detém cerca de 30 lojas e 150 pontos-de-venda espalhados no País.

 

Apreensão

 

De acordo com Christian Caseli, diretor e acionista do Grupo Caseli, proprietário da mato-grossense Lojas Avenida, maior rede de vestuário do Centro-Oeste e concorrente dos players C&A, Lojas Renner e Lojas Riachuelo, planeja aumentar em 20% as vendas neste final de ano. Há mais de 30 anos no mercado, a companhia é composta por 70 lojas e prevê faturar R$ 240 milhões, valor 25% maior que ao de 2007.

 

"Notamos uma leve retração no consumo, mas não sabemos até que ponto isto é efeito real da crise ou medo do consumidor de ir às compras", comentou. Ele conta que ao longo do ano a varejista acumulava crescimento de 40% nas vendas. Em 2008, a rede aportou R$ 20 milhões na abertura de 15 lojas, e por enquanto, para 2009, estão previstas mais seis unidades.

 

Cenário

 

Levantamento apresentado ontem pela Fecomércio-SP diz que as vendas do Natal sejam semelhantes às da data anterior, com possibilidade de cair 1%. De maneira geral, o varejo paulista crescerá 3% este ano, e para 2009 a perspectiva da associação é bastante cética: repetir o mesmo desempenho registrado neste ano. "A crise ainda não mostrou sua cara feia no varejo brasileiro, mas já dá indícios, principalmente nos quesitos confiança do consumidor que caiu 9,4% este mês, ante dezembro passado", analisa Antônio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomércio-SP.

 

Com o maior desempenho nas vendas do setor varejista este ano, as empresas de vestuário, calçados e acessórios devem fechar 2008 com incremento de 20%, em relação ao ano passado, e indicam maior fôlego para 2009, diz a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP).

 

Ao sentir a forte demanda ao longo de 2008, a Marisol, dona da One Store, "planeja para 2009 abrir mais 120 lojas, 30 das quais no primeiro trimestre", disse Carlos Vitorino, gerente de Operações da One Store, que envolve 81 unidades e prevê faturar R$ 400 milhões este ano, incremento de 30%. A estratégia é a conversão de pequenas e médias lojas para a sua bandeira.

 

A grife carioca Maria Filó, voltada para clientes de alto poder aquisitivo, acaba de iniciar suas atividades no Shopping Pátio Paulista, em São Paulo. Também otimista com o mercado, a rede Le Lis Blanc, marca feminina de luxo, acelerou seu crescimento ao abrir uma filial no Bourbon Shopping Pompéia, em São Paulo. A rede detém cerca de 30 lojas e mais 150 pontos-de-venda no País.

 

Christian Caseli, diretor e acionista do Grupo Caseli, dono da mato-grossense Lojas Avenida, considerada a maior rede de vestuário do Centro-Oeste do País e concorrente de C&A, Lojas Renner e Lojas Riachuelo, planeja aumentar em 20% as vendas neste final de ano. Com mais de 30 anos no mercado, a companhia é composta por 70 lojas e prevê faturar R$ 240 milhões, valor 25% maior frente a 2007.

 

Apesar do otimismo no varejo de roupas e acessórios, a Fecomércio-SP ressalta que a confiança do consumidor caiu 9,4% este mês, ante dezembro passado.

 

Veículo: DCI


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