Braskem aprova fábrica para plástico verde

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O Conselho de Administração da Braskem aprovou ontem o Projeto PE Verde, que prevê a construção de um fábrica para produzir polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar, com capacidade de 200 mil toneladas por ano. Será a primeira operação no mundo em escala comercial para produção de polietileno a partir de uma matéria-prima 100% renovável, o chamado plástico verde. De acordo com a Braskem, o investimento alcançará R$ 500 milhões, dos quais 30% em recursos próprios os 70% restantes serão financiados por instituições que, por enquanto, ainda não foram definidas.

 

A unidade começará a ser erguida a partir do início de 2009 no Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, com previsão para ficar pronta em 2011. A companhia informou que as etapas conceitual e de projeto básico já foram concluídas e que já fez encomenda firme de equipamentos críticos como o compressor de gás de carga e compressor de trem frio, que precisam ser pedidos com antecedência. Segundo o vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, Marcelo Lyra, o projeto PE Verde teve início em junho do ano passado, quando a Braskem obteve a primeira certificação no mundo de um politieleno produzido a partir da cana-de-açúcar.

 

A certificação foi dada pelo laboratório norte-americano Beta Analytic, líder mundial na análise de isótopos de carbono, que atestou o produto continha 100% de matéria-prima renovável. "A partir da certificação, começamos a pesquisar a aceitação deste produto. Constatamos uma procura crescente ao longo da pesquisa e que o mercado internacional teria uma demanda potencial de 600 mil toneladas", informou. Lyra ainda disse que já em 2007 a empresa iniciou uma produção experimental a partir de uma planta piloto com capacidade mensal de mil toneladas. mercado externo.

 

A maior parte da futura produção do polietileno verde da Braskem deverá ser direcionada para o mercado externo. "A demanda deve se concentrar mais em regiões onde há maior preocupação com o meio ambiente, como Japão e União Européia. Ainda não dá pra saber qual será a participação das exportações nas vendas totais, mas deverão ter um peso significativo", afirmou. O novo produto deverá ter um preço 30% superior ao dos polietileno normal, mas a Braskem aposta numa expansão forte da demanda o que pode dar um retorno de US$ 200 milhões, em valor presente líquido.

 


Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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