Brasileiro gasta R$ 106 por ano com brinquedos

Leia em 2min

O mercado brasileiro de brinquedos seguiu na contramão do mundo em 2012: cresceu 15,6% em faturamento contra uma tendência clara de queda em países como França, Espanha ou Portugal

A informação consta do panorama traçado pela GfK - quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo – sobre “Tecnologia e Entretenimento no Brasil – O que Busca o Consumidor Brasileiro?”.

“Mesmo com a retração europeia devido à crise econômica e diminuição da população infantil na Europa, ainda é gritante a importância que se dá a brinquedos lá fora. Quando dividimos o faturamento do setor pelo número de crianças, vemos que no Brasil o gasto anual é de R$ 106 com brinquedos, cerca de um sexto do que gasta o alemão, o britânico, o francês ou o italiano. Isso mostra a incrível oportunidade que há por aqui”, alerta Oliver Römerscheidt, Gerente de Unidade de Negócio da GfK.

A análise da GfK indica que a maior concentração de brasileiros, hoje, está na faixa dos20 aos 65 anos, adultos que compram brinquedos para os que têm entre 0 e 14 anos. Esse público infantil corresponde a 24% dos habitantes do país, ou 46 milhões de pessoas, a mesma população infantil da Alemanha, França e Inglaterra somadas. Os brinquedos mais consumidos são bonecos tradicionais (21,7%), itens de esporte e lazer como piscinas e bolas (15,4%), brinquedos infantil e pré-escolar (14,2) e veículos/carrinhos de brinquedo (13,2%).

“Por mais que outubro, com o Dia das Crianças, e dezembro, com o Natal, sejam muito fortes para as vendas de vídeo games, esses também são períodos de grande força para o mercado tradicional de brinquedos. E é interessante constatar que cada vez menos o Brasil depende dessas duas datas. Enquanto aqui 25% das vendas de brinquedos se concentraram na época do Natal, em países como a Espanha esse índice bate a casa dos 51%”, comenta Oliver.

O estudo mostra que metade da população infantil brasileira vive no Nordeste (24%), Norte e Centro-Oeste (25%). Apenas 12% se concentram na Grande SP e na Grande RJ. A GfK constatou a discrepância: mesmo com maior número de habitantes de 0 a 14 anos, o Nordeste responde por apenas 12% das vendas, enquanto as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro somam 35,5% do faturamento.




Veículo: Empresas & Negócios


Veja também

Setores têxtil e químico ainda esperam por incentivos do governo federal

Ambos segmentos aguardam novas medidas, como a redução de impostos sobre matéria-prima Enquanto o...

Veja mais
Os bastidores do negócio com a Itambé

Um ano antes de fechar a venda para a Vigor de 50% da companhia por R$ 410 milhões, a Itambé já pro...

Veja mais
Mercado publicitário cresce 6% e fatura R$ 44,8 bilhões

TV aberta ficou com 64% do total investido em 2012, seguida pelo jornal, com 11%; rádio cresceu mais que a web E...

Veja mais
Na região do ABC, 47,9% têm TV de tela fina em casa

A TV de tela fina está entrando na lista dos sonhos de consumo da região. De 2009 para 2012, cresceu 221% ...

Veja mais
Comércio varejista está longe da crise

Enquanto os números da indústria ainda estão longe de convencer, o comércio varejista mostra...

Veja mais
JBS busca nova redução de alavancagem

Apesar de melhoras expressivas na receita, Ebitda e reversão de prejuízo em 2012, um indicador da JBS - a ...

Veja mais
Riachuelo acelera ritmo de inaugurações

Com plano de quase dobrar o número de lojas da Riachuelo até 2016, a Guararapes investirá R$ 450 mi...

Veja mais
Fabricante corta custos para crescer

As três maiores companhias nacionais de celulose e papel, Fibria, Suzano Papel e Celulose e Klabin, apertaram o ci...

Veja mais
Cesta básica cria rixa entre varejo e indústria

Sistema tributário complexo impede fabricantes de repassar na íntegra redução de 9,25%, como...

Veja mais