A cearense J. Macêdo, um dos maiores grupos alimentícios do país, anunciou na noite de ontem a aquisição da mineira Chiarini, fabricante de massas alimentícias. Com a operação, a J. Macêdo, dona de marcas como Dona Benta, Sol e Petybon, salta do sétimo para o terceiro lugar no mercado mineiro de massas, ficando atrás das fabricantes locais Vilma e Santa Amália.
O valor da aquisição não foi divulgado. A Orlando Chiarini Indústria e Comércio tem sede em Pouso Alegre, a 373 km ao sul de Belo Horizonte. Fundada em 1953, é a terceira maior do mercado de massas mineiro, onde a J. Macêdo tinha presença pouco expressiva. Segundo nota da J. Macêdo, o negócio visa ampliar sua "capacidade instalada no segmento de massas" e "ingressar em mercado até então não operado pela companhia". A J. Macêdo tem capital aberto, mas não negocia ações em bolsa. Em outubro de 2007, emitiu debêntures para captar R$ 103,6 milhões. Foi a primeira vez que o grupo, fundado em 1939 por José Dias de Macêdo, emitiu títulos na bolsa.
De janeiro a setembro de 2008, a receita líquida da J. Macêdo foi de R$ 960,6 milhões, um salto de quase 30% sobre os R$ 741,6 milhões do mesmo período de 2007. Com sede em Fortaleza, é dona de 11 unidades industriais, incluindo três moinhos de trigo, cinco fábricas de massas, duas fábricas de misturas para bolos e sobremesas e uma de biscoitos. A J. Macêdo é a segunda maior fabricante de massas do país, atrás da pernambucana M. Dias Branco.
Minas é o segundo maior mercado alimentício do país, só perdendo para o paulista. Em massas alimentícias, a produção mineira está em 35,5 mil toneladas ao mês.
Veículo: Valor Econômico