E-cigarro rouba consumidores do fumo tradicional

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Mercado de cigarro eletrônico movimentou US$ 2 bilhões no mundo, em2012. Grandes empresas de tabaco aderem à moda

Os cigarros eletrônicos são o futuro, argumentam seus defensores. Mais barato, mais limpo e mais bacana do que fumar , o "vaping" - termo em inglês que expressa o uso de um vaporizador para inalar nicotina com sabores exóticos, que variam de pina colada ao chiclete-pode significar o fim do tabaco.

“Depois que eu tentei isso, eu deixei metade de um cigarro no cinzeiro e nunca mais fumei”, diz Zoltan Kore, que codirige em Londres uma loja recém-inaugurada dedicada ao e-cigarro, a Smoke No Smoke.

Mas nem sempre adotar o “vaping” significa abandonar o vício, embora o produto pareça ser mais eficaz do que a goma de nicotina ou adesivos.

Alternativa legal ou corredor perigoso?
Todas as grandes empresas de tabaco estão agora apostando em e-cigarros, que alguns analistas prevêem que podem superar as vendas dos cigarros convencionais em dez anos. A consultoria de mercado Euromonitor estima que o mercado mundial de e-cigarros movimentou mais de US$ 2 bilhões no ano passado, com os Estados Unidos respondendo por um quarto disso. E o mercado está crescendo a uma velocidade vertiginosa.

Bonnie Herzog, analista da Wells Fargo Bank, em NovaYork, acredita que o mercado dos EUA vai chegar a US$ 1 bilhão este ano. Em 2023 poderá haver mais vapers do que fumantes.

Altria, proprietária da Philip Morris, dona da Marlboro, tornou- se a última das grandes empresas de tabaco a investir na moda, nesta semana.Ela está seguindo os passos dos rivais americanos Reynolds American, fabricante do Camel, e Lorillard, que pagou US$ 135 milhões pela Ecigs Blu, em2012.A British American Tobacco e o Imperial Tobacco estão investindo também.

No entanto, e-cigarros estão longe de ser universalmente aceito como uma ferramenta de saúde pública. Os reguladores estão vivendo o dilema de restringi los como produtos de “porta de entrada” para a dependência da nicotina e tabaco ou abraçá-los como tratamentos para pretensos desistentes.



Veículo: Brasil Econômico


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