Os preços médios das exportações de produtos florestais estão menores neste ano. Os dados mais recentes apurados pelo Ministério da Agricultura no balanço das exportações do agronegócio indicam redução média de 3,1% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2012.

A principal queda ocorre no segmento de madeiras, com queda de 7%, enquanto a redução em papel e celulose é de 1%.

Apesar dessa redução nos preços, as exportações do segmento de papel e celulose, o de maior importância nesse setor, foram de US$ 3,45 bilhões de janeiro a junho, 4% mais do que no mesmo período do ano passado. A alta se deve à evolução de 5,1% no volume exportado.

Antonio Sergio Alipio, presidente da Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Floresta Plantada), diz que o setor poderia estar melhor.

A retração mundial da economia e a defasagem cambial dificultam o avanço das exportações brasileiras. Quanto ao câmbio, a paridade das últimas semanas já mostra um cenário melhor para as exportações, segundo ele.

Sergio Borenstain, presidente da Abaf (Associação Baiana das Empresas de Base Florestal), Estado que tem a quarta maior área de floresta plantada do país, diz que o setor tem um potencial bom, mas é preciso melhorar ainda mais a produtividade e a renda dos produtores. Uma das saídas é a integração maior entre florestas, pastagens e lavouras.

Para Alipio, produtividade e competitividade são fundamentais. "Antes víamos nossos concorrentes pelo retrovisor. Agora eles já estão correndo ao nosso lado", diz o presidente da Abraf.



Veículo: Folha de S. Paulo