A melhora do clima nas principais regiões produtoras do Brasil derrubou os preços futuros do café ontem na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em setembro caiu 2% e terminou a 122,25 centavos de dólar por libra-peso, já que as temperaturas começam a subir nas áreas de cultivo do País, maior produtor mundial. Temores sobre a possibilidade de geadas nessas regiões vinham influenciando os preços da commodity desde a semana passada. Apesar da queda, analistas disseram que as cotações devem se manter acima dos 120 centavos de dólar, pois é um nível que atrai investidores especulativos.
Na mesma Bolsa, o açúcar subiu 0,5%, depois que as chuvas recentes atrasaram os trabalhos de colheita de cana no Centro-Sul do País. Esses atrasos ocorrem porque colheitadeiras e equipamentos de transporte têm dificuldades em entrar nos canaviais encharcados. Mesmo assim, a expectativa de um enorme excedente global da commodity deve continuar pesando sobre as cotações. Segundo a Organização Internacional do Açúcar, a oferta deve superar a demanda em 10 milhões de toneladas na temporada 2012/13, que termina em setembro.
Na Bolsa de Chicago, o milho cedeu 0,6%, com previsões de temperaturas relativamente baixas na maior parte da região produtora dos Estados Unidos, o que deve beneficiar as plantações. Os contratos também foram pressionados pela queda dos preços do grão no mercado à vista - um possível sinal de redução da demanda. Já o trigo subiu 0,15% e a soja ganhou 0,4%.
Veículo: O Estado de S. Paulo