Uma análise setorial da cadeia têxtil brasileira feita pela FGV Projetos ao Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) apontou que o setor têxtil e de confecções do Brasil, no ano passado, teve consumo familiar de R$ 102 bilhões, PIB de R$ 38,3 bilhões e atingiu 1,7 milhões de postos de trabalho, cerca de 3,7% do total de empregos formais do Brasil. Apesar das cifras bilionárias de vendas e do PIB, o setor enfrenta dificuldades com o tímido crescimento econômico e a acirrada concorrência dos produtos importados. Segundo dados do IBGE que acabam de ser divulgados, no primeiro semestre deste ano a indústria têxtil teve queda acumulada de 4% na produção frente ao mesmo período do ano passado. Ficou atrás, apenas, dos setores de edição e impressão (-10%) e extrativo (-6,4) . O setor de vestuário e acessórios recuou 2,3% no mesmo período, segundo o instituto. Os números sobre a queda refletem que o setor está sentinto o impacto do baixo crescimento econômico e do endividamento das famílias. Além disso, há o impacto forte dos importados. Segundo a associação do setor, a Abit, no primeiro trimestre deste ano, o déficit da balança comercial de têxteis e confecções atingiu U$$ 1,5 bilhão. As importações cresceram 4,7% no período.
Veículo: Diário Catarinense