Milho caiu pelo quarto dia em Chicago para uma mínima de 34 meses depois de um relatório da safra andamento indicar que a produção vai ultrapassar previsões nos EUA, o maior produtor mundial do grão.
O milho considerado em bom ou excelente estado subiu para 64% de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. Temperaturas abaixo do normal no Centro-Oeste vão favorecer a polinização de milho e a umidade do solo vai ficar favorável nas áreas do Sul e do Leste dos EUA, segundo o órgão.
Preço cai também no Brasil
As cotações do milho seguem em forte queda no Brasil, especialmente nas praças produtoras. Considerando-se a série histórica do Cepea das regiões do Paraná e do Centro-Oeste, em termos reais (deflacionada pelo IGP-DI de junho de 2013), os atuais preços do milho têm se aproximado dos menores patamares em 14 anos.
Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita da segunda safra satisfatória, problemas logísticos e de qualidade do cereal brasileiro, aliados ao ritmo de produção aquecido nos EUA e na Argentina têm intensificado as baixas.
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços baixaram quase 9% em julho tanto no mercado de balcão (recebido pelo produtor) quanto no de lotes (negociações entre empresas com o produto limpo e seco).
No curto prazo, os valores do milho no porto também têm reduzido. Em julho, as quedas nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP) superaram os 11%. Esse cenário pode dificultar possíveis reações nos preços nas regiões produtoras. Para agravar a situação, os preços nas bolsas de futuros também estão em queda.
Veículo: DCI