Os proprietários de pequenas empresas estão sufocados financeiramente de tal maneira que reposicionam as mercadorias apenas quando têm dinheiro vivo para pagar por elas, afirma o principal executivo do Wal-Mart Stores, Lee Scott.
A falta de crédito e uma queda nas vendas forçam os donos de companhias a comprar menos no Sam’s Club , os armazéns para associados do Wal-Mart, diz Scott. Os consumidores cada vez mais compram marcas mais baratas de lojas, e medicamentos de balcão em vez de remédios receitados, para combater gripes e resfriados comuns, explicou.
"A classe média, os trabalhadores deste país (Estados Unidos), estão sendo pressionados", afirma Scott. "Não faço idéia quanto tempo essa recessão irá durar."
A queda global econômica forçou o Wal-Mart, maior empresa de varejo no mundo, a reduzir sua estimativa de lucro para o quarto trimestre na semana passada. O déficit acontece no momento em que Mike Duke, o atual diretor internacional, assume como o quarto CEO do Wal-Mart e que Scott diz que os consumidores nos Estados Unidos , Canadá , México e outros mercados gastam menos. As reduções de gastos são "provavelmente as mais desesperadoras" para os donos de restaurantes e outros pequenos negócios, disse Scott em entrevista em Nova York.
Um membro do Sam’s Club "costumava aparecer na segunda-feira e comprar um sortimento de mercadorias para uma semana", explicou Scott. "Atualmente muitos vêm na segunda-feira, retornam na quarta-feira , e de novo na sexta-feira, à medida que conseguem dinheiro suficiente por meio das vendas noturnas dos seus restaurantes. Seu crédito é limitado e seus negócios estão em baixa, em muitos casos de 10% a 20%."
As vendas nas unidades dos Estados Unidos do Wal-Mart inauguradas há pelo menos um ano aumentaram 1,7% no mês passado, crescimento abaixo da estimativa de analistas.
Veículo: Gazeta Mercantil