Dois supermercados gaúchos registraram uma redução de 10% no consumo de sacolas plásticas em novembro. As redes Zaffari e Unidasul apresentaram aos clientes uma embalagem de melhor qualidade. "A ideia foi criar em todo o Brasil uma sacola mais resistente", destaca o diretor-superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), Paulo Dacolina. Segundo ele, a nova embalagem possui um selo de qualidade do INP e da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief), além de informações sobre o número de quilos que a sacola suporta.
No Estado, o projeto-piloto do Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas foi implantado em cinco lojas das redes Zaffari e cinco da Unidasul. Os estabelecimentos se comprometeram em oferecer aos clientes sacolas fabricadas de acordo com a norma ABNT 14.937.
Segundo Dacolina, os funcionários dos supermercados foram treinados para explicarem ao consumidor que, com uma embalagem mais forte, ele não precisaria usá-la pela metade ou em duplicidade. A rede Zaffari já adotou em todas as suas lojas as sacolas mais resistentes.
De acordo com Dacolina, a meta do programa, em um ano, é de reduzir o consumo em 30%, o que significa que o índice alcançado em um mês pelas redes gaúchas foi excelente. O programa deverá ser ampliado no Estado para outros supermercados. Desenvolvido pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, pelo INP, pela Abief e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o programa tem o objetivo de possibilitar a continuidade do uso de sacolas sem que haja prejuízo ao meio ambiente.
Uma pesquisa realizada pela Plastivida, no final do ano passado, com 600 pessoas das classes B, C e D, mostrou que 71% dos entrevistados manifestaram-se favoráveis ao uso de sacolinhas plásticas como a forma ideal para o transporte de compras. O levantamento apontou ainda que 100% usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos para esse fim.
Segundo INP, o programa de qualidade e consumo responsável das sacolas plásticas seguirá para outros estados brasileiros. Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Goiás e Rio Grande do Sul já têm acordos com as associações supermercadistas locais para a implantação do projeto.
Veículo: Jornal do Comércio - RS