Lojistas mantêm pessimismo para o Dia da Criança

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Expectativa em BH é de tíquete médio de até R$ 150.

O tíquete médio dos presentes do Dia das Crianças deste ano não deverá ultrapassar R$ 150, segundo pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O valor é bem inferior ao esperado para a data no exercício passado, quando os lojistas apostavam em gastos de até R$ 400 para as crianças. Grande maior parte dos entrevistados (42,37%), porém, estima que os presentes custem entre R$ 30 e R$ 50.

De acordo com o vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar, além dos próprios fatores econômicos conjunturais, outro motivo pesou na expectativa de tíquete médio de 2013: a cautela tanto por parte dos consumidores quanto dos lojistas. Segundo ele, embora tenham apostado em gastos próximos a R$ 400 no Dia das Crianças de 2012, o valor gasto em média, na data, foi bastante inferior.

"Neste ano a cautela está maior não só pela própria conjuntura, mas também pela proximidade com a realidade. No ano passado, os entrevistados mostraram bastante otimismo e foram surpreendidos com tíquete bem menor, próximo ao que esta sendo estimado para a data em 2013 (R$ 150)", explica.

O levantamento da CDL-BH constatou também que, para 25,42% dos lojistas, o desembolso para os presentes das crianças neste ano deverá ficar entre R$ 50 e R$ 75. Em seguida, 13,56% afirmaram que acreditam que os gastos girem em torno de R$ 100 e R$ 150. Outros 10,17% apostam que as despesas não ultrapassarão os R$ 30 e 8,47% acreditam na faixa de R$ 75 a R$ 100.

Outro dado que confirma a cautela por parte dos empresários com a data, diz respeito à expectativa nas vendas. Para 50,82% dos entrevistados, os níveis de comercialização do Dia das Crianças deste ano serão equivalentes aos registrados em 2012. Já 32,79% apostam em um aumento das vendas e 16,39% acham que haverá queda em relação à mesma época do ano anterior.

Entre os fatores que poderão prejudicar as vendas, os juros, ainda em patamares elevados, foram citados por 38,6% dos entrevistados. Também foram lembrados: inflação (26,32%), concorrência dos produtos importados (12,28%), desaceleração econômica (8,77%), dificuldade em obter crédito (5,26%), dólar alto (5,26%) e outros que incluem endividamento do cliente e manifestações (3,51%).

Assim, a previsão é que em 2013 as vendas de outubro fiquem entre R$ 2,21 bilhões e R$ 2,24 bilhões, total entre 2,5% e 3,5% superior ao alcançado em 2012. O resultado aponta para manutenção da tendência de crescimento registrada nos anos anteriores. Em 2012, o volume de negócios gerado durante o mesmo período foi de R$ 2,16 bilhões; em 2011, de R$ 2,08 bilhões; e em 2010, de R$ 2,01 bilhões.

De qualquer maneira, o estoque não será aumentado, segundo 37,04% dos lojistas consultados. Já 33,33% não sabem e 29,63% investirão no aumento de itens.


Pagamento - Gaspar destaca ainda que para este ano, conforme 86,89% dos entrevistados, a forma de pagamento preferida deverá ser o parcelamento no cartão de crédito. O crediário/carnê apareceu em segundo lugar, apontado por 6,56% dos lojistas. Cartão de débito foi apontado por 3,28%, dinheiro por 1,64% e à vista no cartão de crédito, 1,64%.

A pesquisa revelou também que para atrair os clientes, os empresários farão uso, principalmente, de vitrines temáticas e promoções, que foram citados por 19,67% dos entrevistados. Logo após apareceram: publicidade e propaganda (18,03%), prazo de pagamento (14,75%), variedade de marcas e produtos (8,2%), atendimento qualificado (8,2%), descontos (4,92%), brindes (3,28%) e brincadeiras (3,28%).

Em relação aos itens que serão mais comprados, o brinquedo deverá apresentar melhor desempenho e foi citado por 43,33% dos empresários. Em seguida estão: roupas (21,67%), calçados (16,67%), jogos eletrônicos (13,33%) e linha colegial (5%).



veículo: Diário do Comércio - MG


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