Quadro continua complicado para o produto, já que a Índia deve produzir mais na safra
A ICE Futures US (Bolsa de Nova York) para o açúcar bruto se fortaleceu na semana passada após diante da tendência de desvalorização do dólar e das commodities a partir das decisões do banco central norte-americano tomadas ontem. Algumas notícias fundamentais também têm oferecido sustentação para o mercado futuro, como os relatos de estiagem na principal região produtora da Austrália.
A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de não desacelerar o programa de compra de ativos representa um alívio de curto prazo para os países emergentes no curto prazo, pois reduz a volatilidade nas taxas de câmbio, mas não significará o fim das turbulências, devido à incerteza sobre o futuro das compras e a falta de preparação dos países. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) surpreendeu os mercados ao decidir manter o programa de compra de ativos em US$ 85 bilhões mensais.
Na Bolsa de Nova York, os contratos do açúcar bruto com entrega em outubro, os mais negociados do momento, subiram para 17,17 centavos de dólar por libra peso em 19 de setembro, na penúltima sessão da semana, contra os 17,09 cents/lb do fechamento da semana passada, uma alta de 0,46%.
Contudo, do lado fundamental o quadro segue complicado para o açúcar. A Índia deve produzir mais em 2013/14, e com possibilidade de exportar as sobras. A demanda mundial melhorou, mas ainda há muita oferta disponível. O mercado global de açúcar deve registrar um superávit de produção de 2 milhões de toneladas durante a temporada 2013/14, , conforme avaliação da trading britânica Czarnikow.
Veículo: Diário do Comércio - MG