Sony terá prejuízo; LG em queda

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Enquanto a japonesa Sony divulgou ontem que o prejuízo neste ano fiscal, que se encerra em 31 de março, será de 260 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões) - valor quatro vezes maior que o estimado pelos analistas da Bloomberg -, a sul-coreana LG Eletronics informou que registrou prejuízo líqüido de US$ 489 milhões no quarto trimestre na Coréia. No mesmo período do ano passado a empresa apurou lucro de US$ 451,7 milhões no país.

 

Segundo a Sony, que previa lucro de 200 bilhões de ienes, o enfraquecimento da demanda, a valorização do iene e as despesas de reorganização foram os responsáveis pela diminuição dos lucros.

 

A recessão na Europa, no Japão e nos Estados Unidos está forçando os consumidores a conter os gastos com utensílios, televisores de tela plana e telefones celulares, os três principais segmentos da LG. As ações da empresa caíram 3,7% e fecharam a US$ 52,81 na Bolsa da Coréia. Apesar do resultado negativo na Coréia no trimestre, a LG fechou o ano com vendas globais de US$ 9,82 bilhões no trimestre, alta de 22,5% em relação ao mesmo período de 2007.

 

No trimestre, as vendas da LG na Coréia aumentaram 12%, para US$ 4,8 bilhões. Analistas projetavam que a LG divulgaria vendas de US$ 5,4 bilhões no país.

 

"As expectativas estavam caindo mais e mais, mas a realidade era muito pior", disse Lim Chang Gue, que administra o equivalente a US$ 1,5 bilhão na Samsung Investment Trust Management, de Seul. Ele disse que planeja vender ações da LG. "Este ano provavelmente não será melhor, mas os telefones celulares e aparelhos de televisão devem compensar em um certo grau a destruição da demanda por utensílios", disse o analista.

 

A projeção feita pela Sony aumenta as pressões sobre o principal executivo da empresa, Howard Stringer, que está reorganizando a principal divisão de produtos eletrônicos, depois de não ter conseguido cumprir sua promessa de elevar a margem de lucro operacional da empresa para 5%. "É minha responsabilidade mudar a Sony e reencaminhá-la à sua lucratividade anterior; essa é minha prioridade número 1", disse Stringer

 

A recessão reduziu os gastos dos consumidores, ao mesmo tempo em que a Sony não dispõe dos produtos de grande sucesso que alimentaram os lucros da Apple. e da Nintendo. "Podem-se dispensar funcionários, mas, ainda, os produtos da Sony continuarão a vender pouco", disse Naoteru Teraoka, cogestor de US$ 21 bilhões na Chuo Mitsui Asset Management.

 

Situação no Brasil

 

As duas fabricantes também estão se adaptando à nova realidade no Brasil. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, a Sony demitiu cerca de 1,1 mil funcionários da fábrica da empresa em Manaus. Em relação ao início de 2008, a empresa fechou o ano com 50 funcionários a menos e produção cerca de 30% menor. Mundialmente, a Sony anunciou um plano para cortar 8 mil empregados até 2010, restringir investimentos e economizar US$ 1,1 bilhão por ano.

 

A LG também tem se adequado à nova situação econômica. A empresa, que pretendia terminar 2008 com receita de US$ 3 bilhões no Brasil, fechou o ano um pouco abaixo do esperado, segundo Eduardo Toni, diretor de marketing.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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