Conquistar o primeiro emprego nunca foi tarefa fácil. Sem a experiência de um estágio, fica ainda mais difícil. Em época de crise, então, nem se fala... As empresas, nesse momento, estabelecem critérios mais rigorosos de seleção e buscam profissionais capacitados e testados, e grande parte dos jovens que saem do ensino médio ou mesmo da universidade não preenchem tais requisitos. Para ajudar na complementação da formação dos estudantes, inserindo-os no mundo do trabalho, foi criado o Aprendiz Legal, programa desenvolvido em parceria pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Fundação Roberto Marinho.
Atualmente, cerca de 12 mil jovens, de 14 a 24 anos, participam do projeto em todo o Brasil, atuando em 3 mil empresas. O Aprendiz Legal propõe uma forma de gestão do aprendizado compartilhada entre agente de integração e empresas, com o objetivo de garantir a qualidade da formação do futuro profissional. Os jovens, contratados com carteira assinada por até dois anos, participam de atividades práticas na empresa e, um dia por semana, são capacitados pelo CIEE, com aulas teóricas, seguindo um conteúdo programático com quatro modalidades de cursos: Comércio e varejo, Ocupações administrativas, Práticas bancárias e Telesserviços. Além de serem apresentados conceitos teóricos, os aprendizes conhecem as mais modernas técnicas relacionadas a cada área de atuação, o que aprimora seu desempenho prático.
As empresas que contratam aprendizes ganham inúmeras vantagens. Além do peso social importante, de dar a oportunidade do primeiro emprego aos jovens e possibilitar o pleno desenvolvimento de sua cidadania, são beneficiadas por incentivos fiscais, como a redução na contribuição ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e isenção de multa do FGTS, em caso de rompimento contratual.
Veículo: Gazeta Mercantil