A Lacta, empresa com maior participação no mercado durante a Páscoa há 12 anos consecutivos, espera ampliar sua liderança neste ano. Com 36% do mercado, a marca garante que a atual crise financeira mundial não deve atingir o mercado de chocolates. O diretor de assuntos corporativos, Fabio Acerbi, acredita que a companhia está em posição favorável em relação às outras marcas, por antecipar os efeitos da crise. Acerbi afirma que a empresa está confiante no mercado e espera cumprir o objetivo de vender os 12 milhões de ovos produzidos pela marca. Para tanto, a empresa contratou, em janeiro, 6,1 mil promotores de vendas, número maior que o registrado no ano passado, de 5,7 mil.
Jornal do Comércio - A Lacta não está preocupada com a crise?
Fabio Acerbi - Temos um otimismo consciente. Não é fingir que não existe a crise. É um momento de desafio. Hoje temos diversos lançamentos e estamos bem posicionados para enfrentar esta questão. Você vê, no momento de crise, muita gente está fazendo redução de custos. A Lacta, no ano passado, passou por um processo de racionalização, antes mesmo da crise. Então estamos em uma situação favorável, inclusive contratamos mais gente neste ano.
JC - E se os objetivos de vendas não forem alcançados, como ficará a Lacta?
Acerbi - Não trabalhamos com esta hipótese. Acreditamos que iremos cumprir os objetivos e vender todos os ovos. Mas se não vendermos tudo, vamos ter problemas, certamente.
JC - Como fazer para garantir as vendas planejadas?
Acerbi - Um planejamento de Páscoa começa 18 meses atrás. Já temos pessoas trabalhando para a Páscoa de 2010. A Páscoa deste ano foi planejada lá atrás e os ovos estão aí. É preciso, agora, reforçar as vendas para garantir os objetivos. Acredito que as pessoas não vão deixar de comprar os ovos.
Veículo: Jornal do Comércio - RS